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- Ainda vale a pena comprar um notebook
domingo, 6 de outubro de 2013
Os notebooks têm sido uma opção bastante buscada por consumidores graças à sua mobilidade, consumo de energia e simplicidade em relação aos desktops. No entanto, em meio a grande variedade de produtos e preços, é preciso estar atento a algumas características antes escolher um modelo. Para te ajudar, reuniu os principais requisitos que deve analisar antes de comprar um notebook.
Notebook apresentam diversas configurações e preços que exigem atenção (Foto: TechTudo/Anna Kellen)
- Netbook morreu ou ainda vale?
Se ainda encontrar Netbooks em lojas, ainda que em promoção, fuja deles. Netbooks possuem uma série de limitações com relação a tamanho de ecrã e poder de processamento. Poucas fabricantes conseguiram aliar preço e performance com esse formato de ecrã reduzido. As que conseguiram, já abandonaram esse “formato” por causa do avanço dos tablets no mercado, e atualmente estão apostando em ultrabooks.
Embora pareçam opções tentadoras por causa do preço, netbooks ficam desfasados em pouco tempo. Isso acontece por causa dos processadores modestos e a baixa quantidade de memória RAM, que não consegue suprir a necessidade de sistemas atualizados como Windows 7 e 8.
Core I3 da Intel é um modelo de entrada
(Foto: Divulgação/Intel)
(Foto: Divulgação/Intel)
- O processador ideal para o seu uso?
Duas gigantes disputam a atenção do consumidor nesse requisito, AMD e Intel. Do lado da Intel temos vários tipos de processadores, mas que se resumem em três grandes marcas: Core i3, Core i5 e Core i7.
O Core i3 possui apenas dois núcleos, mas consegue emular quatro núcleos com a tecnologia Hyper Threading (HT). É o processador ideal para realizar tarefas básicas sem maiores dificuldades como navegar pela web, usar a versão mais recente de sistemas operacionais, planilhas, processadores de textos, entre outros. O Core i3, dependendo da sua versão, também pode realizar algumas tarefas pesadas com edição de vídeos, desde que os arquivos não sejam muito grandes.
Já o Core i5 é a opção intermediária da Intel, mas que conta com preços acessíveis. Com este chip, o utilisador já pode realizar muitas tarefas simultâneas sem comprometimento no desempenho. Em suas versões para notebook, o Core i5 possui apenas dois núcleos e emula os outros dois via HT. Mas o clock alto, por volta de 2.6GHZ , em alguns modelos e a quantidade de cache L3, garantem um desempenho superior ao do Core i3.
O processador Core i7, apesar do desempenho fora do comum, pode ser uma opção de difícil escolha para usuários leigos. Tudo por conta da ampla variedade: há opções com dois e quatro núcleos. Se desempenho for o que você procura, fique atento para não pagar mais caro por um processador de potência similar ao Core i5.
A dica é pedir ao vendedor para ver o modelo em funcionamento e pressionar juntas as teclas “Windowskey” e “Pause Break” para verificar exatamente qual o modelo do processador. Se a compra for realizada pela Internet, procure saber qual o processador para verificar se ele é da última geração.
Caso o consumidor esteja realmente interessado em comprar uma máquina possante, a recomendação é aguardar um pouco mais, pois a Intel já lançou os novos modelos de processador da quarta geração. Com uma ênfase maior em eficiência energética, os novos modelos garantem um desempenho gráfico muito superior aos modelos de terceira geração da Intel Core i.
Processadores da AMD (Foto: Divulgação/AMD)
Enquanto isso, a oferta de processadores da AMD no mercado é menor do que a da Intel, mas há várias opções interessantes. O principal motivo é que vários notebooks com AMD geralmente possuem APU e GPU integradas para utilização em jogos. Os modelos da AMD são, em ordem de desempenho: Sempron, Athlon X2, Turion X2 e Phenom II.
Embora tenham uma boa relação custo-benefício, os processadores AMD deixam um pouco a desejar no poder de processamento. O Top de linha da empresa, o Phenom II, não se equipara ao Core i7 da Intel.
Há ainda alguns modelos de processadores que podem não ser o ideal, nem para quem exigirá pouco desempenho. Processadores com a nomenclatura Pentium Dual Core e Celeron, da Intel, e os Sempron, da AMD, são desfasados demais e devem ser evitados. Na loja, executando uma instalação limpa do Windows 7, eles podem parecer uma excelente opção, mas tendem a apresentar lentidão até nas tarefas simples graças ao volume de arquivos e atualizações do sistema.
- Quantidade ideal de memória RAM
Memórias para notebooks são normalmente mais caras que modelos de desktop (Foto: Divulgação/Corsair)
Com o avanço dos sistemas operacionais e suas versões para processadores de 64bits, grandes quantidades de memória RAM são necessárias. Uma das atividades mais comuns no uso de um notebook é o acesso a Internet. Atualmente, os navegadores consomem muita memória RAM. O Firefox, por exemplo, com nove abas abertas, consome mais de 500MB de memória RAM. Diante disso, comprar um notebook com apenas 2 GB de RAM é pedir para ter problemas de performance em curto prazo.
Para um notebook novo, o ideal é ter, pelo menos, 4 GB de memória RAM, caso deseje substituir um desktop. O mesmo serve se for utilizá-lo em tarefas que exijam mais desempenho: uma maior quantidade de memória RAM será sempre bem-vinda.
- Tamanho de espaço do HD Interno e cuidado com dados pessoais
Samsung SSD para ultrabooks (Foto: Divulgação/Samsung)
A quantidade de espaço para armazenamento de dados é um item onde o consumidor pode pensar “quanto mais, melhor”. De fato, é verdade, mas o uso deste espaço deve ser administrado com cuidado.
Por serem portáteis, os notebooks podem sofrer quedas ou no pior dos casos, serem roubados. Por conta disso, escolher um notebook com um HD grande para armazenar todos os dados pessoais pode não ser uma boa ideia. Guarde apenas o essencial para trabalho e estudo. Faça uso de programas que utilizem nuvem de dados como Dropbox, SkyDrive e Google Drive. É recomendável que não guardar apenas no Notebook o conteúdo que você julga importante. Para auxiliar neste aspecto, o usuário comprar um HD externo para realizar backup dos arquivos pessoais.
- APU, GPUs para processamento gráfico
APU para notebooks (Foto: Divulgação/AMD)
Ao contrário dos computadores desktops, trocar a placa de processamento gráfico é impossível nos notebooks, salvo em alguns raros modelos. Por isso, se o comprador planeja jogar games em algum momento, a escolha por um notebook que conta com unidade dedicada ao processamento gráfico deve ser avaliada. Para quem vai escolher por um notebook com processador Intel, analise se o mesmo possui alguma informação sobre GPU.
Geralmente essa informação é anunciada como HD Graphics. Para rodar os jogos atuais, prefira modelos que possuem pelo menos HD Graphics 4000. Se você vai escolher um notebook com processador AMD, fique atento se ele possui a inscrição AMD Radeon Graphics. Para jogos atuais, a GPU recomendada é pelo menos a HD 5870M ou qualquer outra da série 6000 que já garante um desempenho razoável nos gráficos e renderização de vídeos.
Obviamente, há modelos com placas dedicadas da Nvidia. Modelos assim costumam ter um preço um pouco mais elevado. Contudo, se o objetivo é ter um bom desempenho gráfico, um modelo com placa GForce permitirá configurar várias opções para extrair o máximo do poder de processamento, graças a programas como o GeForce Experience.
- Marca e modelo
Essa é uma questão delicada, pois nem todos os notebooks são excelentes. Antes de comprar, pesquise se a marca tem assistência técnica na sua cidade e se o modelo tem avaliações positivas. Algumas empresas são conhecidas por apresentar modelos inacabados no mercado. Acompanhe reviews para escolher um modelo com boa relação custo-benefício ou os top de linha.
- Ultrabook ou Notebook?
Novo ultrabook da Dell com Linux (Foto: Divulgação/Dell)
Os ultrabooks são uma denominação usada no mercado para designar notebooks finos, com desempenho elevado, com SSDs e sistema operacional Windows 8 ou superior, algo similar aos Macbooks Air da Apple. Outra diferença entre esses aparelhos e os notebooks, é que os modelos mais finos não vêm com leitores de DVD ou Blu-Ray.
Um dos trunfos dos ultrabooks para ter uma velocidade média superior aos notebooks, é o uso de discos rígidos de estado sólido, chamados comumente de SSD (Solid State Disc). Esse tipo de tecnologia dispensa o uso de partes mecânicas e se assemelham fisicamente a pentes de memória RAM, mas com funcionamento é diferente, já que armazenam informações permanentemente.
Como discos de estado sólido são mais caros que modelos convencionais, muitas fabricantes desenvolveram modelos de discos rígidos híbridos, que reservam a parte em SSD para armazenar o sistema operacional e os programas mais usados. Sendo assim, será comum ver informações nos anúncios como “500GB 24GB SSD”. Isso significa que 24 GB de armazenamento são reservados para SSD e 500 GB um HD Sata comum.
Outra colaboração que os SSD proporcionam aos ultrabooks é um menor consumo de bateria, aliado com outras características nas construções desses aparelhos. Alguns modelos apresentam uma autonomia que eleva a duração da bateria para até sete horas. Entretanto, a principal desvantagem de um ultrabook são os preços que, no geral, são elevados.