sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Nunca os crossover mais pequenos foram tão desejáveis, porque na verdade nunca houve tantos como hoje. A Renault criou o Captur para aproveitar este impulso do mercado, o que significa montar guarda, também, aos parceiros de aliança.
A Renault não podia ficar mais tempo a ver o segmento dos crossovers compactos entrar em ebulição e decidiu criar o seu próprio modelo, mesmo que isso represente montar concorrência aos parceiros de aliança, o Nissan Juke – que é mais caro, não se vende com este motor 1.5 dCi na versão de 90 cv e nem pode ter os TCe a gasolina – e Dacia Duster, que, apesar de ser 20 cm maior, custa praticamente o mesmo na versão dCi, embora seja menos evoluído e requintado. No fundo, a receita não é muito diferente: a plataforma é a do Clio e a roupagem é suficientemente moderna e original para conquistar compradores que têm um utilitário em mente, mas acabam seduzidos por um veículo com estas caraterísticas. O Captur funciona quase como uma versão alternativa ao Clio, podendo, em termos de preço, encaixar-se num segundo patamar de acesso à gama utilitária.
Dinâmica previsível

         
Não há nada na condução do Captur que não nos remeta para o universo Renault, pois apesar de ser um crossover, tem muito mais de Clio do que de Juke. Só mesmo o ligeiro rolamento de carroçaria, sempre que se força a Física numa curva de muito apoio, denuncia o facto de estarmos ao volante de um automóvel 12 cm mais alto que um Clio e cuja distância ao solo é de 20 centímetros. O tato da direção é o mesmo, o arranjo visual dos comandos e da instrumentação também, até o interior nos remete para o Clio, embora as infinitas personalizações de cores e acessórios possam quase fazer de cada Captur um modelo original. No essencial, os materiais são todos duros e só em um par de junções de painéis seria recomendável corrigir as arestas afiadas que sobram.
O motor é por demais conhecido e faz carreira em quase todas as gamas mais baixas de Renault e Dacia. O dCi de 90 cv não é propriamente um primor de contenção vocal mas o compartimento do motor está bem insonorizado, de modo que o gargarejo do Diesel só se torna realmente incomodativo depois das 3000 rpm. Antes disso já existe força suficiente para locomover o Captur, que só pesa 1170 kg e tem uma divertida desenvoltura em estrada. Nunca chega a ser desconfortável, mesmo com as jantes de 17 polegadas que ficam no limite de caber nas cavas das rodas, e está perfeitamente alinhado com uma utilização quotidiana que o faça passar mais tempo dentro dos limites urbanos do que fora deles.

         
Aguardamos pela oportunidade de aferir cientificamente as prestações deste Captur Diesel, ficando desde já a perceção muito clara de que será muito mais um crossover para dar pouca despesa ao fim do mês (anuncia consumo combinado de 3,6 l/100 km) do que para obter excecionais números de aceleração.
Mais:
Misto de pequeno SUV urbano com o interior de um monovolume compacto, o Captur é o novo crossover compacto da marca francesa. Com uma personalidade forte e bastante incisiva, pequenos “truques” na sua concepção permitem-lhe um interior espaçoso e bastante funcional: o banco traseiro corre sobre calhas, a capacidade da mala vai dos 377 aos 455 litros e oferece um inédito e volumoso porta-luvas em forma de gaveta. A plataforma é a utilizada pelo novo Clio, mas deste difere por uma carroçaria escassos 7 cm mais longa e por uma distância ao solo que chega aos 20 cm. Está portanto apto para enfrentar as agruras e a aventura da condução em cidade, contemplando, em simultâneo, a possibilidade de pequenas e limitadas incursões fora do alcatrão. Possui os motores a gasolina de 90 e 120 cv e o diesel 1.5 dCi com emissões de CO2 de 95 g/km e os preços para Portugal começam nos 15450 euros para a versão a gasolina e nos 18.950 euros com a motorização a gasóleo. A comercialização arranca a 17 de Maio.
O estilo expressivo e a posição de condução de um SUV, a habitabilidade e a modularidade de um monovolume e a maneabilidade, a facilidade e o prazer de condução de uma berlina são os atributos que a Renault utiliza para definir este seu novo produto.
A altura ao solo elevada - 20 cm - e as protecções da carroçaria conferem-lhe as características de um SUV preparado para todas as utilizações do quotidiano.
À semelhança do novo Clio, o Captur é personalizável quer interior como exteriormente. Apesar de poder também estar disponível num único tom, a pintura original da carroçaria em duas cores distintas permitem diferenciar o tejadilho e os pilares da restante carroçaria.

O programa de personalização assenta em três temas distintos - "Arizona", "Azul" e "Manhattan"-, cada um dedicado a um tema ou ambiente específico: aventura, elegância ou aventura urbana.
O acabamento bi-tom é acompanhado pela inserção de cor (preto, laranja, marfim ou cromado) nos frisos da grelha e no friso lateral, bem como na moldura dos faróis de nevoeiro e no portão traseiro.
Também as jantes podem ser em cor laranja, marfim ou preto.
Existem ainda decalques decorativos para o capot, tejadilho e portão traseiro.
Outra novidade é a cobertura facilmente removível da capa superior dos estofos, que podem ser lavados ou objecto de personalização. Trata-se de uma opção, existindo oito capas removíveis "Zip Collection".
À escolha existem ainda três packs temáticos ("Captur", "Map" ou "Losango") para conjugar o volante e os estofos com a decoração gráfica do exterior.
Também o chão da bagageira é removível, multifunções e reversível. Significa isto que a plataforma de piso da mala oferece dois planos: um em alcatifa para maior conforto visual, outro com cobertura plástica para um transporte mais descontraído e funcional por ser lavável. Existem também dois grandes espaços de arrumação e um kit de reparação de pneus.

Mecânica económica e ambiental

A gama de motores a gasolina e diesel não difere da que é oferecida na mais recente geração do Clio, modelo com o qual partilha muitos elementos incluindo a plataforma.
Incorporará, portanto, as mais recentes tecnologias Renault e será uma referência em matéria de consumos e de emissões de CO2, a partir de 95 g de CO2/km. este valor respeita à versão dCi90 com sistema stop & start, consumo médio anunciado de 3,6 litros.
Para o TCe90 os valores são de 4,9 litros e emissões de CO2 de 113 g./km.
A caixa automática EDC de dupla embraiagem irá estar disponível durante o segundo semestre de 2013,  associada ao motor dCi 90. Em alguns mercados ela já surge acoplada ao motor a gasolina TCe 120.
Quando dotado da caixa EDC, o sistema R-Link fornece um conjunto de informações e conselhos para uma condução mais poupada. Parte destas informações estão já disponíveis para a caixa de velocidades manual, como um indicador de mudança de velocidade ou o modo Eco, uma função que restringe o binário, ajusta as passagens de caixa e gere, de forma mais racional, os sistemas de arrefecimento ou aquecimento do habitáculo.
O Captur não quis ir tão longe em matéria de desportividade como acontece com alguns dos seus concorrentes, optando por ressalvar a habitabilidade e o carácter prático do seu interior e da sua condução.
A hipótese pela tracção integral não foi por isso equacionada. Além de considerar que se trata de uma opção marginal nesta categoria, tal iria implicar alterações de habitabilidade ou de funcionalidade do banco traseiro.
Também foi revelado que uma versão mais desportiva (RS) está para já fora dos planos da marca francesa 

Equipamento: R-Link em destaque

A  distância entre eixos é de 2,6 metros e as jantes podem ser de 16 ou de 17 polegadas.
De série contempla equipamento habitualmente disponível apenas em segmentos superiores: cartão mãos livres, ajuda ao arranque em subida, assistência à travagem de emergência, câmara e radar de marcha atrás.
Um sistema anti-capotamento é accionado em situações extremas sempre que o ângulo do movimento da carroçaria se tornar excessivo.
Sem esquecer o Renault R-Link, o novo tablet multimédia integrado que oferece comandos por voz e conectividade com o automóvel e com o mundo, permitindo o acesso ao email, a consulta das condições climatéricas e até dos preços dos combustíveis nas 10 estações de serviço mais próximas. Mas várias dezenas de aplicações podem ser descarregadas e instaladas.
O "R-Link" oferece ainda um conjunto de informações que permitem aos condutores adoptar um estilo de condução mais económico e ecológico.
Tudo isto se complementa com um sistema áudio de alta qualidade de 6 altifalantes, Bluetooth® e audio-streaming.
O Renault Captur será produzido em Espanha, na fábrica de Valladolid.
Com o resultado de 5 "estrelas" obtido nos testes de segurança passiva realizados pelo organismo independente Euro NCAP, o Renault Captur torna-se o décimo-quinto modelo da gama Renault a obter esta nota máxima. Este resultado, obtido com critérios mais severos em vigor desde Janeiro de 2013, confirma, uma vez mais, o know-how da Renault na segurança passiva dos seus automóveis.


O Renault Captur deriva de um arrojado concept-car revelado em Março de 2011 durante o Salão de Genebra desse ano.
Na altura surgia equipado com um motor turbo-diesel 1.6 com 160 cv e emissões de 99 g/km, reclamava uma velocidade máxima superior a 200 km/h, precisando de apenas 8 segundos para cumprir os típicos 0 aos 100 km/h.
Os imponentes pneus que o equipavam tinham as dimensões 250/40 R22. Outras dimensões deste protótipo: 4223 mm de comprimento, 1950 mm de largura, 1586 mm de altura, uma distância ao solo, carregado, de 261 mm e uma distância entre eixos de 2624 mm.
Foi esse mesmo protótipo que esteve em Lisboa e que foi captado por um vídeo amador junto à zona ribeirinha do Tejo.






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