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- Análise ao Nokia Lumia 1020
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
A Nokia equipou o Lumia 1020 com todas as funcionalidades para fotografia que tinha à disposição, tornando o novo smartphone um equipamento ideal para fotógrafos móveis que gostam de testar os limites. Mas será demais para um utilizador casual?
Anunciado em julho com o "foco" bem fixado nos 41 MP da câmara fotográfica, o novo Lumia 1020 só vai estar à venda em Portugal no final da próxima semana mas já começou a fazer fotografias em vários sítios do país, incluindo a redação. E mostrou-se uma agradável surpresa, tanto para quem quer uma máquina para fotos casuais como para utilizadores mais exigentes (dos que viajam com câmaras Reflex, várias lentes e tripés).
Com um ecrã AMOLED de 4,5 polegadas com uma resolução de 1.280x768 pixéis, o Nokia Lumia 1020 passa bem por um smartphone "normal", mas é quando está virado com a parte traseira para cima que se começam a notar as diferenças de aspecto: a saliência e o espaço dedicado às lentes e ao flash são bastante visíveis e mostram rapidamente uma personalidade fotográfica, sobretudo em comparação com outros equipamentos no mercado.
Apesar de manter uma dimensão e aspecto muito semelhantes às anteriores gerações dos Nokia Lumia, o smartphone/câmara condensa todo o know how da Nokia a nível de fotografia móvel, trazendo a evolução da tecnologia PureView que a marca tinha estreado com o Nokia 808, já com sensor de 41 MP, mas com benefícios na estabilização ótica e o zoom de grande resolução. As aplicações fazem a "magia" que falta para fazer brilhar qualquer fotógrafo amador.
A conveniência de trocar uma câmara dedicada, mesmo que compacta, por uma câmara de bolso que também serve para telefonar, aceder à Internet e receber e enviar emails é evidente. E durante a nossa experiência de quase duas semanas sentimos a mudança com o aumento da sensibilidade para as imagens que surgem no dia-a-dia, e uma maior leveza no "gatilho" para fazer fotos, mesmo descobrindo novos pormenores em cenários habituais.
Dentro do Lumia 1020 reside um processador Snapdragon 4 de (apenas) dois núcleos a 1,5Ghz, 2GB de RAM e um armazenamento interno de 32GB. Mas isto são pormenores que não trazem qualquer diferenciação no mundo cada vez mais competitivo dos smartphones, ao contrário das especificações da câmara, que se centram no sensor de 41 MP, lentes Carl Zeiss e flash Xenon que faz a diferença no ajustamento a diferentes tipos de luminosidade em interiores.
O desempenho do telefone é simpático nas suas várias funções para além da câmaras, sobretudo para quem já se habituou ao Windows Phone, e o mesmo os 32 GB de espaço mostraram-se mais do que suficiente para as duas semanas de experiência, embora a médio e longo prazo seja aconselhável recorrer a serviços de backup no computador ou em cloud se quiser manter o portfólio fotográfico com a resolução máxima.
Os 41 MP do sensor são a principal bandeira do telefone, mas é preciso desmistificar: em cada clique no botão da câmara o smartphone acaba por produzir duas fotografias diferentes, uma de 5 MP usada para partilhar online e que se soma a outra de 38 MP que pode ser usada para editar e imprimir quando é exigida maior qualidade.
Nas configurações é possível definir se quer fazer fotos com o modelo de 5 + 38 MP ou optar só por 5 megapixéis. Na verdade, escolher esta configuração afigura-se um enorme desperdício perante tanta qualidade…
A capacidade de fazer uma fotografia "normal" e depois usar o zoom sobre o determinado pormenor sem perder qualidade pode tornar-se relevante para fotos mais artísticas, garantindo sempre um resultado impecável, melhor do que conseguiria em qualquer outro telefone. E se for um purista não vai querer perder esta oportunidade.
São também os apreciadores da configuração manual da foto que vão explorar mais o potencial do Lumia 1020. A aplicação da câmara tem toda uma série de configurações a definir, desde a luminosidade ambiente, a abertura do diafragma e o ISO, muito para além das tradicionais definições das câmaras fotográficas nos telemóveis.
O acesso é fácil e rápido, e bastante intuitivo, surgindo no ecrã depois de clicar no botão dedicado à câmara e permitindo a qualquer leigo ver imediatamente qual o efeito das mudanças na imagem final. O acesso a ferramentas de Panoramas e Smart Cam é também simples e está à distância de mais um toque, embora em ambientes de grande luminosidade possa ser difícil concretizar algumas das indicações sugeridas pelas aplicações, nomeadamente centrar a imagem para os panoramas
É difícil reclamar sobre a qualidade da imagem, a nitidez e a exigência das configurações. Mas quem está menos treinado pode ter dificuldade de regressar ao início depois de mexer em vários parâmetros, e não há uma forma fácil de "restaurar" as predefinições. Para isso é preciso sair da aplicação da câmara, uma contrariedade que a Nokia devia resolver…
Há ainda outro senão a destacar: se é rápido no gatilho, ou precisa de uma resposta rápida da máquina fotográfica, é possível que se sinta algo defraudado com o Lumia. Vai demorar mais tempo a concretizar a fotografia do que noutros smartphones. São mais de 6 segundos que podem parecer uma eternidade se quiser fotografar personagens irrequietas.
E em fotografias sequenciais a demora é também notória: na resolução de 5 megapixéis pode demorar mais de 3 segundos a fazer uma nova fotografia e se escolher a resolução máxima o tempo aumenta ainda mais.
Para quem gosta de dar tempo ao tempo isto não será um problema. Haverá espaço para configurar tudo direitinho, fazer o enquadramento certo e captar a imagem perfeita. Mas não é claramente adequado a todas as situações...
O cariz fotográfico do smartphone fica ainda reforçado com o acessório Nokia Camera Grip, uma capa com um botão dedicado à fotografia, um suporte mais confortável para apoiar a mão e bateria adicional para "resistir" a um "safari fotográfico". O problema é que neste caso tem de dar primazia mesmo ao conforto, porque o equipamento fica um aspecto pouco atraente e muito massudo…
Câmara e fotografia à parte, o Lumia 1020 é como outros da mesma "família": o Windows Phone 8 é o sistema operativo que determina a usabilidade centrada na personalização dos contactos e em funções relacionadas com as redes sociais, e pode contar com as aplicações alargadas disponibilizadas pela Nokia, nomeadamente o Here Maps e Drive + e a área de Música.
O telemóvel suporta ainda as ligações de redes de quarta geração, o que se pode revelar uma mais valia importante na navegação Web e se por acaso se lembrar de enviar as fotos de maior dimensão via rede móvel, o que não é aconselhável mesmo para quem tem tarifários ilimitados, que como já se sabe têm limites de dados.
Somando e alinhando todas as vantagens já identificadas,resta só a análise global: o Lumia 1020 é uma excelente aquisição para quem gosta de trazer consigo uma câmara que faz mais do que simples fotos casuais da paisagem geral ou da refeição no restaurante.
E apesar do preço de 779 euros com que chega ao mercado a 25 de outubro acaba por não ser assim tão mais caro que outros equipamentos da mesma gama… Mas é preciso saber explorar as funcionalidades que o equipamento oferece para justificar o preço, senão mais vale optar por outros telemóveis Lumia ou de outra marca...
Com um ecrã AMOLED de 4,5 polegadas com uma resolução de 1.280x768 pixéis, o Nokia Lumia 1020 passa bem por um smartphone "normal", mas é quando está virado com a parte traseira para cima que se começam a notar as diferenças de aspecto: a saliência e o espaço dedicado às lentes e ao flash são bastante visíveis e mostram rapidamente uma personalidade fotográfica, sobretudo em comparação com outros equipamentos no mercado.
Apesar de manter uma dimensão e aspecto muito semelhantes às anteriores gerações dos Nokia Lumia, o smartphone/câmara condensa todo o know how da Nokia a nível de fotografia móvel, trazendo a evolução da tecnologia PureView que a marca tinha estreado com o Nokia 808, já com sensor de 41 MP, mas com benefícios na estabilização ótica e o zoom de grande resolução. As aplicações fazem a "magia" que falta para fazer brilhar qualquer fotógrafo amador.
A conveniência de trocar uma câmara dedicada, mesmo que compacta, por uma câmara de bolso que também serve para telefonar, aceder à Internet e receber e enviar emails é evidente. E durante a nossa experiência de quase duas semanas sentimos a mudança com o aumento da sensibilidade para as imagens que surgem no dia-a-dia, e uma maior leveza no "gatilho" para fazer fotos, mesmo descobrindo novos pormenores em cenários habituais.
Dentro do Lumia 1020 reside um processador Snapdragon 4 de (apenas) dois núcleos a 1,5Ghz, 2GB de RAM e um armazenamento interno de 32GB. Mas isto são pormenores que não trazem qualquer diferenciação no mundo cada vez mais competitivo dos smartphones, ao contrário das especificações da câmara, que se centram no sensor de 41 MP, lentes Carl Zeiss e flash Xenon que faz a diferença no ajustamento a diferentes tipos de luminosidade em interiores.
O desempenho do telefone é simpático nas suas várias funções para além da câmaras, sobretudo para quem já se habituou ao Windows Phone, e o mesmo os 32 GB de espaço mostraram-se mais do que suficiente para as duas semanas de experiência, embora a médio e longo prazo seja aconselhável recorrer a serviços de backup no computador ou em cloud se quiser manter o portfólio fotográfico com a resolução máxima.
Os 41 MP do sensor são a principal bandeira do telefone, mas é preciso desmistificar: em cada clique no botão da câmara o smartphone acaba por produzir duas fotografias diferentes, uma de 5 MP usada para partilhar online e que se soma a outra de 38 MP que pode ser usada para editar e imprimir quando é exigida maior qualidade.
Nas configurações é possível definir se quer fazer fotos com o modelo de 5 + 38 MP ou optar só por 5 megapixéis. Na verdade, escolher esta configuração afigura-se um enorme desperdício perante tanta qualidade…
A capacidade de fazer uma fotografia "normal" e depois usar o zoom sobre o determinado pormenor sem perder qualidade pode tornar-se relevante para fotos mais artísticas, garantindo sempre um resultado impecável, melhor do que conseguiria em qualquer outro telefone. E se for um purista não vai querer perder esta oportunidade.
São também os apreciadores da configuração manual da foto que vão explorar mais o potencial do Lumia 1020. A aplicação da câmara tem toda uma série de configurações a definir, desde a luminosidade ambiente, a abertura do diafragma e o ISO, muito para além das tradicionais definições das câmaras fotográficas nos telemóveis.
O acesso é fácil e rápido, e bastante intuitivo, surgindo no ecrã depois de clicar no botão dedicado à câmara e permitindo a qualquer leigo ver imediatamente qual o efeito das mudanças na imagem final. O acesso a ferramentas de Panoramas e Smart Cam é também simples e está à distância de mais um toque, embora em ambientes de grande luminosidade possa ser difícil concretizar algumas das indicações sugeridas pelas aplicações, nomeadamente centrar a imagem para os panoramas
É difícil reclamar sobre a qualidade da imagem, a nitidez e a exigência das configurações. Mas quem está menos treinado pode ter dificuldade de regressar ao início depois de mexer em vários parâmetros, e não há uma forma fácil de "restaurar" as predefinições. Para isso é preciso sair da aplicação da câmara, uma contrariedade que a Nokia devia resolver…
Há ainda outro senão a destacar: se é rápido no gatilho, ou precisa de uma resposta rápida da máquina fotográfica, é possível que se sinta algo defraudado com o Lumia. Vai demorar mais tempo a concretizar a fotografia do que noutros smartphones. São mais de 6 segundos que podem parecer uma eternidade se quiser fotografar personagens irrequietas.
E em fotografias sequenciais a demora é também notória: na resolução de 5 megapixéis pode demorar mais de 3 segundos a fazer uma nova fotografia e se escolher a resolução máxima o tempo aumenta ainda mais.
Para quem gosta de dar tempo ao tempo isto não será um problema. Haverá espaço para configurar tudo direitinho, fazer o enquadramento certo e captar a imagem perfeita. Mas não é claramente adequado a todas as situações...
O cariz fotográfico do smartphone fica ainda reforçado com o acessório Nokia Camera Grip, uma capa com um botão dedicado à fotografia, um suporte mais confortável para apoiar a mão e bateria adicional para "resistir" a um "safari fotográfico". O problema é que neste caso tem de dar primazia mesmo ao conforto, porque o equipamento fica um aspecto pouco atraente e muito massudo…
Câmara e fotografia à parte, o Lumia 1020 é como outros da mesma "família": o Windows Phone 8 é o sistema operativo que determina a usabilidade centrada na personalização dos contactos e em funções relacionadas com as redes sociais, e pode contar com as aplicações alargadas disponibilizadas pela Nokia, nomeadamente o Here Maps e Drive + e a área de Música.
O telemóvel suporta ainda as ligações de redes de quarta geração, o que se pode revelar uma mais valia importante na navegação Web e se por acaso se lembrar de enviar as fotos de maior dimensão via rede móvel, o que não é aconselhável mesmo para quem tem tarifários ilimitados, que como já se sabe têm limites de dados.
Somando e alinhando todas as vantagens já identificadas,resta só a análise global: o Lumia 1020 é uma excelente aquisição para quem gosta de trazer consigo uma câmara que faz mais do que simples fotos casuais da paisagem geral ou da refeição no restaurante.
E apesar do preço de 779 euros com que chega ao mercado a 25 de outubro acaba por não ser assim tão mais caro que outros equipamentos da mesma gama… Mas é preciso saber explorar as funcionalidades que o equipamento oferece para justificar o preço, senão mais vale optar por outros telemóveis Lumia ou de outra marca...
Via Tek Sapo