quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O executivo português Zeinal Bava renunciou terça-feira à presidência da companhia de telefonia brasileira Oi, revelou a própria empresa.

                                                  


A informação foi oficializada na noite de terça-feira, no Brasil, em um fato relevante da Oi, divulgado ao mercado, após o fechamento da Bolsa.

Zeibal Bava assumiu a presidência da Oi em junho de 2013, acumulando o cargo de presidente da Portugal Telecom (PT), que exercia desde 2008. O gestor foi um dos responsáveis do processo de fusão das duas companhias.

Em agosto, Zeibal Bava deixou a presidência da Portugal Telecom afirmando, na altura, que pretendia dedicar-se exclusivamente ao cargo no Brasil e promover a recuperação financeira e operacional da Oi.

A imprensa brasileira refere que a renúncia terá acontecido devido ao "desconforto" causado pela operação da PT com títulos da dívida da Rioforte, holding do grupo Espírito Santo, que deixou um "buraco" de 847 milhões de euros na telefónica portuguesa .

De acordo com o diário brasileiro "Valor Econômico", alguns acionistas brasileiros da Oi, nomeadamente as empresas Andrade Gutierrez e o grupo La Fonte, não acreditavam que Zeinal Bava desconhecia a operação como o próprio afirma.

A informação sobre a dívida e dos seus riscos só terá sido revelada aos sócios brasileiros da Oi em junho deste ano.

O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Oi, Bayard De Paoli Gontijo, assumirá temporariamente o cargo, até que o Conselho de Administração da companhia decida quem indicará para o posto.

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Zeinal Bava abandona presidência da Oi


Confirmando os rumores da imprensa brasileira, Zeinal Bava abandonou a presidência da operadora brasileira Oi. Se a empresa vender a PT Portugal o negócio já não será conduzido pelo gestor.


A revista Veja avançava este fim de semana que o português já não contava com a confiança dos principais acionistas da empresa e que uma saída do cargo estaria por isso iminente.

Esta madrugada, um comunicado da Oi confirmou a saída de Zeinal Bava da liderança da operadora, um cargo que assumia desde junho do ano passado. A presidência da Oi fica para já nas mãos do CFO da empresa, mas os planos dos principais acionistas passam por ver no cargo o atual presidente da GVT, Amos Genish, avança a imprensa local.

A dívida do GES à PT, por via do investimento em papel comercial da Rio Forte, fragilizou a posição do gestor português na Oi, que pode estar a caminho de uma nova compra ou de uma fusão.

A empresa estará interessada nos ativos da TIM, controlada pela Telecom Itália e pode chegar em breve a acordo com a operadora europeia para um negócio que lhe permita concretizar a intenção. A imprensa local avança a possibilidade de compra, mas também a de fusão entre as duas empresas.

Este interesse poderá ser o mote para outra reviravolta na integração da PT Portugal na integração do grupo. O Jornal de Negócios escrevia ontem que a Altice estava a negociar com a Oi a compra da PT Portugal, numa operação que permitiria à Oi libertar capital para reforçar a capacidade de participação no processo de consolidação do sector no Brasil.

As notícias levaram a Oi a emitir um comunicado desmentindo a existência de negociações, mas não pararam os rumores. O Estadão escrevia ontem que um dos principais acionistas da Oi, o BTG estava a negociar a venda da PT portugal por 6,5 mil milhões de euros e também punha a Altice na lista de interessados no negócio.

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