quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O preço 399 euros sem o Kinect....



Com estreia marcada para 5 de setembro em Portugal, a nova consola da Microsoft passou por experiência curta, e ainda sem todas as funcionalidades operacionais.



A Xbox One já foi lançada no final de 2013 em vários mercados onde tem vindo – de forma lenta – a conquistar mercado à rival mais direta, a PlayStation 4, que inaugurou a era da nova geração de consolas e que em Portugal chegou a esgotar depois do Natal.

Portugal ficou remetido para a segunda vaga de disponibilização da consola, o que permite ganhar tempo para apostar numa maior localização, também na disponibilização de títulos portugueses, e numa abordagem de retalho reforçada.

A consola passou por uma experiência curta mas intensa, que permitiu de forma mais personalizada perceber as diferenças da nova geração, não só a nível da performance nos jogos mas também na integração com a componente de entretenimento e a vontade que a Microsoft tem de fazer com que a consola assuma um papel central na sala dos utilizadores.

Todos os elementos vêm bem acondicionados na caixa com as instruções necessárias à instalação, e o processo de montagem e configuração é fácil e rápido. Depois de ligada ao televisor, e à set top box se existir serviço de TV paga, a Xbox já pode “tomar conta” de todo o sistema de entretenimento, controlando a TV com comandos de voz e oferecendo a possibilidade de compatibilizar o jogo com a visualização de programas de TV, filmes e audição de música.



A ideia é que a Xbox seja mesmo o primeiro interface, um objetivo que pode ser difícil de conquistar quando em Portugal a percentagem de utilizadores de serviços de TV paga é tão alta, e quando as consolas são muitas vezes remetidas para o quarto dos mais novos, ou para outra divisão da casa.

Não é que a Xbox não mereça um lugar de destaque na sua sala. Merece sem dúvida. A qualidade de imagem, o desempenho nos jogos e o interface estão feitos para conquistar rapidamente todos os utilizadores, mesmo que não sejam os tradicionais “gamers”. E a oferta de jogos e serviços de entretenimento, aplicações e conteúdos extra é suficientemente aliciante para fazer com que a família escolha “desligar” o sinal de TV e partir à descoberta de outras formas de diversão a partir da Xbox One.

Mas ainda faltam alguns componentes para concretizar plenamente a capacidade de integração total e experiência de personalização completa que a Microsoft quer oferecer, nomeadamente com o serviço OneGuide que ainda está em desenvolvimento e que deverá estar a funcionar a partir de setembro com todos os operadores de TV nacionais.



A experiência permitiu usar para já o HDMI pass through para fazer a ligação à consola, controlando a TV a partir da Xbox, mas pouco mais do que isso, faltando a componente de sugestões de acordo com cada perfil e gostos pessoais. Mesmo o interface não estava ainda finalizado para a língua portuguesa, com os comandos de voz, o que acontecerá na versão que chega às lojas a partir de dia 5.

Já para quem quer usar a consola apenas para jogar não há nada a apontar de negativo. Os três jogos que acompanharam a Xbox One neste teste – Titanfall, Call of Duty Ghosts e Fifa 14 – trouxeram algumas horas de diversão e uma apreciação globalmente positiva pela qualidade gráfica e o desempenho, deixando saudades no momento da partida. E há mais títulos de relevo na lista. 


Falta agora esperar pela versão final e pela adaptação completa ao mercado português, onde o preço de venda a público definido começa nos 399 euros sem o Kinect, enquanto a versão com o sensor de movimento sobre para os 499 euros. Há também outras opções com vários bundles confirmados com jogos como o Call of Duty e o Titanfall.

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