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- Elfos, ogres e espiões: EUA e Reino Unido introduziram agentes secretos em mundos virtuais
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Documentos obtidos por Edward Snowden revelam que foram infiltrados agentes no Second Life, noWorld of Warcraft e na rede de jogos online da Xbox.
Os serviços de informação dos EUA e do Reino Unido criaram personagens em mundos digitais, como o jogo World of Warcraft e o mundo virtual do Second Life, para vigiarem eventuais terroristas.
As informações foram obtidas a partir de documentos revelados pelo ex-funcionário da agência norte-americana NSA Edward Snowden e revelados nesta segunda-feira numa parceria entre o jornal inglês The Guardian, o americano The New York Times e a ProPublica, uma organização noticiosa sem fins lucrativos.
Um memorando escrito em 2008 por um analista da NSA, com o títuloExplorar a utilização terrorista de jogos e ambientes virtuais, argumentava que estes mundos não estavam a ser suficientemente monitorizados e que podiam ser um espaço para terroristas comunicarem ou até fazerem transacções monetárias. Os documentos sobre o assunto, porém, indicam que os serviços de ambos os países não tinham provas de que os ambientes virtuais estivessem, de facto, a ser usados para aqueles propósitos.
Os espiões acabaram por infiltrar-se no World of Warcraft, um conhecido jogo multijogador, com uma fantasia de inspiração medieval e de que fazem parte personagens como elfos e ogres. Estiveram também no Second Life, o mundo virtual que acabou por não conseguir uma adopção de massas, mas que teve, há alguns anos, um pico de popularidade. E ainda criaram contas na rede de jogos online da consola Xbox. A documentação revela que, a dada altura, o número de agentes com avatares virtuais era tão grande que foi criada uma equipa para garantir que não se andavam a espiar uns aos outros ou a duplicar trabalho.
Embora os agentes tenham colhido vários tipos de informação, os documentos não fazem referências a qualquer plano terrorista desmantelado ou a qualquer informação de grande relevo que tenha resultado destas operações de espionagem. No entanto, um dos documentos da NSA revela que a agência estava satisfeita por conseguir desta forma compreender “a motivação, contexto e consequentes comportamentos” de cidadãos de fora dos EUA, sem ter que sair do país.
As informações foram obtidas a partir de documentos revelados pelo ex-funcionário da agência norte-americana NSA Edward Snowden e revelados nesta segunda-feira numa parceria entre o jornal inglês The Guardian, o americano The New York Times e a ProPublica, uma organização noticiosa sem fins lucrativos.
Um memorando escrito em 2008 por um analista da NSA, com o títuloExplorar a utilização terrorista de jogos e ambientes virtuais, argumentava que estes mundos não estavam a ser suficientemente monitorizados e que podiam ser um espaço para terroristas comunicarem ou até fazerem transacções monetárias. Os documentos sobre o assunto, porém, indicam que os serviços de ambos os países não tinham provas de que os ambientes virtuais estivessem, de facto, a ser usados para aqueles propósitos.
Os espiões acabaram por infiltrar-se no World of Warcraft, um conhecido jogo multijogador, com uma fantasia de inspiração medieval e de que fazem parte personagens como elfos e ogres. Estiveram também no Second Life, o mundo virtual que acabou por não conseguir uma adopção de massas, mas que teve, há alguns anos, um pico de popularidade. E ainda criaram contas na rede de jogos online da consola Xbox. A documentação revela que, a dada altura, o número de agentes com avatares virtuais era tão grande que foi criada uma equipa para garantir que não se andavam a espiar uns aos outros ou a duplicar trabalho.
Embora os agentes tenham colhido vários tipos de informação, os documentos não fazem referências a qualquer plano terrorista desmantelado ou a qualquer informação de grande relevo que tenha resultado destas operações de espionagem. No entanto, um dos documentos da NSA revela que a agência estava satisfeita por conseguir desta forma compreender “a motivação, contexto e consequentes comportamentos” de cidadãos de fora dos EUA, sem ter que sair do país.