terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


É pouco provável que alguém se lembre de que como era o Facebook antes do "Gosto", mas a verdade é que a rede social só inventou este sinal de aprovação em 2009. Um polegar para cima, indicando aprovação, começou a aparecer ao lado das publicações no Feed de Notícias e mudou a forma como usamos redes sociais. Um "gosto" na publicação errada e estamos tramados; não pomos "gosto" noutra publicação e há problemas.

Casamentos começam e acabam no Facebook, start-ups são lançadas, negócios caseiros florescem e reputações de empresas são arruinadas. A rede que Mark Zuckerberg criou há dez anos - 4 de fevereiro de 2004 - tornou-se incontornável, parte da vida social e profissional de toda a gente.
95% dos portugueses que usam redes sociais têm Facebook

Noventa e cinco por cento dos portugueses que usam redes sociais têm conta de Facebook, sendo a rede com maior número de utilizadores em Portugal, segundo um estudo da Marktest: "Os portugueses e as redes sociais".


Já com perfil no Youtube, rede que surge em segundo lugar, estão 38,9 % dos utilizadores destes sites, enquanto no Google+ - que muitos apontam estar a "roubar" utilizadores à rede de Zukerberg - estão 34,1%.

Um estudo divulgado este ano por um gurpo de investigadores da universidade norte-americana de Princeton compararam a rede social a uma doença infeciosa que se espalhou e que estaria agora em vias de desparecer, podendo perder até 80% dos utilizadores até 2017.

O Facebook apressou-se a comentar o estudo, divulgando uma pesquisa realizada usando os métodos semelhantes dos investigadores de Princeton (pesquisa no Google), que revelava que a universidade norte-americana iria deixar de existir em 2021.

De acordo com a rede social, nem o Facebook, nem a Universidade de Princeton deverão acabar tão cedo.

Segundo o estudo da Marktest, o Facebook é indicado pelos inquiridos como a página de internet de referência dos sites das redes sociais e aquele mais credível, a uma larga distância dos outros, considerando-o como "mais credível" e que "informa melhor", sendo que, em termos médios, os detentores de conta nesta rede têm uma rede de 346 amigos.




Os utilizadores justificam que criaram a sua conta de Facebook para "manter contato com pessoas que estão longe", ao mesmo tempo que consideram ser a rede "mais viciante".

Já de acordo com o estudo Bareme Internet, igualmente da Marktest, que compilou dados entre 2008-2013, o número de utilizadores que acedeu ao Facebook tem vindo a crescer desde 2010. O site que analisa as redes sociais, o 'socialbakers.com', revela na sua página que em Portugal os utilizadores masculinos e femininos ocupam a mesma percentagem, 50%, sendo que a faixa etária que mais frequenta a rede situa-se entre os 25 e 34 anos.

A marca que mais fãs tem no Facebook em Portugal é a Missão Sorriso, com 1.011.263 "gostos", seguida da Samsung Portugal (894.106), da MEO (820.088), do Chef Online (777.360) e em quinto aparece a TMN, com 56.032.

A página de Cristiano Ronaldo lidera o 'ranking' nacional de páginas com maior número de fãs (1.024.413 "gostos"), enquanto em celebridades a apresentadora Cristina Ferreira (TVI) lidera a lista, com 780.750 gostos.

O presidente dos Estados Unidos Barak Obama lidera a lista dos políticos que em Portugal tem mais "likes", com 248.616, com Aníbal Cavaco Silva a surgir em segundo, com 161.158.




Entre os marcos mais importantes da rede desde a sua criação encontra-se o dia 18 de maio de 2012, com a entrada no mercado de ações da Nasdaq, arrecadando 16 mil milhões de dólares na sua oferta pública inicial de ações, tornando o sétimo maior lançamento em bolsa de valores do mundo.

Apesar da entrada em bolsa, Mark Zuckerberg é dono de 533,8 milhões de ações (cerca de 28% do total), ficando com 56,9% dos direitos de voto total do Facebook.

A rede social Facebook garantiu em 2013 um lucro de 1,5 mil milhões de dólares (1,09 mil milhões de euros), resultados mais substanciais do que os previstos e que confirmam um amento dos rendimentos, em particular na publicidade móvel.

Facebook com 4,7 milhões de utilizadores em Portugal



Facebook com 4,7 milhões de utilizadores em Portugal


No dia em que comemora dez anos, o Facebook, aquela que é considerada a rede social mais importante do mundo, contabiliza em Portugal cerca de 4,7 milhões de utilizadores, entre os 1,2 mil milhões a nível mundial.




Em Portugal, de acordo com a Facestore -- plataforma que permite a empresas e particulares abrirem uma loja online dentro da sua página do Facebook e a venderem os seus produtos diretamente aos seus amigos, fãs e seguidores -- estão contabilizados cerca de 4,7 milhões de utilizadores.

Quando, em 2004, Mark Zukerberg e os seus colegas de quarto da faculdade (Eduard Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes) imaginaram uma rede que ligasse os estudantes da Universidade de Harvard, estavam longe de pensar no sucesso que a mesma iria alcançar.

A rede expandiu-se depois as outras universidades norte-americanas e depressa conquistou o mundo para qualquer pessoa com mais de 13 anos.

"Tem sido uma viagem incrível até agora e estou muito grato por fazer parte disto. É incrível ver como as pessoas têm usado o Facebook para construir uma verdadeira comunidade e ajudarem-se uns aos outros de tantas formas. Na próxima década, temos a oportunidade e responsabilidade de conectar todos e continuar a servir a comunidade da melhor maneira possível", disse Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, a propósito do aniversário.
Num comentário enviado por email à Lusa, Paulo Barreto, Facebook Country Manager em Portugal, revelou que o comportamento dos utilizadores é "muito semelhante" em todas as regiões do mundo.


Em termos globais, o mesmo responsável explicou que a rede conta atualmente "com uma média de 757 milhões utilizadores diários (dados de dezembro de 2013), correspondente a um crescimento de "22% em 2013".

Segundo Paulo Barreto, a nível global sabe-se que "apenas no final do seu primeiro ano, em dezembro de 2004, o Facebook contava com um milhão de utilizadores ativos por mês, número este que evoluiu exponencialmente para 500 milhões em junho de 2010 e para um total de 1,230 milhões até à data de hoje".

Para os próximos anos, Paulo Barreto previu que a rede social "vai continuar a apostar na melhoria da experiencia que proporciona aos seus utilizadores, simplificando e melhorando a aplicação e garantindo a relevância e dos 'posts' do 'newsfeed' de cada utilizador, aumentando o tempo que estes passam na plataforma".

"O Facebook irá continuar a cativar novos utilizadores para a plataforma. Um exemplo disso é o projeto da 'internet.org', em que estamos a desenvolver esforços com as operadoras de telecomunicações no sentido de possibilitar àqueles que não têm sequer acesso à internet o possam fazer de uma forma economicamente viável", avançou.

A rede social é usada pelos utilizadores para se manterem em contato com família e amigos, dando a conhecer estados de alma e fotografias e já é uma plataforma procurada também por muitas marcas e empresas.


Nela se podem fazer negócios, com a criação de páginas onde são vendidos os mais diversos objetos, desde produtos artesanais, a bolachas, bolos e bolinhos. Para muitos, passou a ser uma fonte de receita em tempo de crise, quando se viram desempregados, de um momento para o outro, e escolheram a rede social para criarem o seu próprio "emprego".

Foi também através do Facebook que foi marcada em Portugal a manifestação "Que se lixe a Troika. Queremos as nossas vidas", que a 15 de setembro de 2012 levou, de acordo com os organizadores, um milhão de pessoas às ruas em várias cidades portuguesas, com Lisboa a juntar mais 500 mil pessoas naquele protesto nacional contra as medidas de austeridade.

A maldição 



"Ninguém chega a 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos." Foi assim que o filme de David Fincher, 'A rede social', apresentou Mark Zuckerberg no final de 2010. Um cromo, um génio, um traidor. Que fez "alguns" inimigos pelo caminho, enquanto se transformava num dos homens mais importantes do século XXI.


O mesmo podia ser dito de qualquer um de nós, na verdade. Qualquer pessoa que use o Facebook há alguns anos fez inimigos na rede social - ou, no mínimo, estragou uma relação por causa dela.

Sejamos honestos, o Facebook deu-nos cabo da vida.

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