sábado, 18 de janeiro de 2014

Pricious aposta no poder das multidões e da publicidade para baixar preços de várias famílias de produtos. O projeto criado por ex-alunos do Técnico acaba de chegar à Net.


E se as visitas de todos os internautas tivessem o poder de baixar o preço de venda um computador ou de um automóvel? Pricious, um site de comércio eletrónico criado por quatro ex-alunos do Instituto Superior Técnico, acaba de tornar este conceito realidade, prometendo descidas de preços de produtos em troca da visualização de anúncios.
«No Pricious, é o internauta que faz o preço. O que significa que podemos ter preços imbatíveis, que são criados à medida que as pessoas veem anúncios e vão reduzindo os preços de um artigo consoante as interações e respostas certas que vão dando depois dos anúncios. Uma pessoa pode conseguir descontos de cêntimos, mas se houver muitas pessoas a participarem, se calhar, já é possível um desconto de centenas de euros», explica Luís Nascimento, membro da equipa que criou o Pricious.
As reduções de preços podem ser aliciantes, mas importa não esquecer uma das condições do modelo de comercialização: Todos os internautas podem reduzir preços de um computador ou de carro à medida que vão vendo anúncios e respondem às questões que confirmam que os anúncios foram realmente vistos, mas apenas um dos utilizadores poderá beneficiar das reduções – basta que decida comprar esse artigo quando o preço chegar ao valor pretendido e, nesse caso, o artigo deixa de estar disponível para o resto da comunidade.
«Há quem diga que o Pricious é um site de leilões invertidos, mas essa descrição não corresponde à verdade, uma vez que nenhum internauta tem de fazer licitações e gastar dinheiro para baixar preços dos artigos. As pessoas apenas têm de despender tempo a ver os anúncios. Além disso, cada visualização de anúncio vale pontos que depois podem também ser usadas para reduzir preços dos artigos vendidos no site», acrescenta Luís Nascimento.
Depois de um lançamento sem grande alarido, os quatro mentores do Pricious fixaram como primeira meta chegar aos 10 mil utilizadores registados.
«Ao cabo de um ano, queremos ter 100 mil utilizadores registados», adianta Luís Nascimento. Os quatro jovens acreditam ainda que o site terá viabilidade para ir para o estrangeiro dentro de seis meses. O Brasil é o mercado apontado como aquele em que a entrada estará mais facilitada, mas não é posta de parte uma expansão para outras paragens.
Atualmente, está a ser estudada a possibilidade de registo de patente de certos componentes do site.
O Pricious arrancou com parcerias com o El Corte Inglês, a Ford e ainda o Hotel de Turismo de Trancoso. Nesta primeira fase, o site apenas cobra um valor por cada visualização de anúncio, mas «no futuro, poderemos vir a cobrar um valor pelas vendas efetuadas no site», refere Luís Nascimento. 

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