segunda-feira, 11 de novembro de 2013


O texto foi editado no dia 8 às 7h59 – e a avaliar por casos similares do passado, é provável que não se mantenha por muito mais tempo on-line: na página dedicada à biografia de Margarida Rebelo Pinto acaba de dar a conhecer uma versão diferente daquela que, oficialmente, tem circulado nas páginas oficiais da escritora. Segundo a mais recente atualização publicada pela Wikipédia, Margarida Rebelo Pinto só terá aprendido a escrever em 1977 (tendo nascido em 1965), e só conseguiu superar a dislexia em 1999, quando já teria 38 anos de idade.
«A sua dislexia apenas foi dada como milagrosamente ultrapassada em 1999, ano em que publicou com imenso sucesso o seu primeiro romance que conta com 244 páginas encadernadas por uma capa cor-de-rosa sob o logótipo da editora "Oficina do Livro"», alega a a Wikipédia na página dedicada à escritora, que se tornou famosa depois da publicação de títulos como «Sei Lá».
O texto insere ainda a autora no grupo de «produtores de livros portugueses», e ironiza sobre as opiniões de Margarida Rebelo Pinto sobre a obesidade e sobre o estado atual do País – e esta passagem poderá ser reveladora de que, com elevado grau de probabilidade, a página da enciclopédia que é produzida com contributos dos internautas foi alvo de uma retaliação pelas críticas que a escritora proferiu recentemente na TV sobre as manifestações contra o Governo, em frente à Assembleia da República.
Num passado recente, o capítulo português da Wikipédia foi usado mais de uma vez para a publicação de artigos de veracidade questionável. José Sócrates e a atriz brasileira Maitê Proença foram alvo de edições polémicas nas páginas biográficas da enciclopédia online.
Além de sublinhar uma suposta queda para superstição, a Wikipédia publica ainda uma passagem no texto que não corresponde à verdade: «As suas obras e crónicas estão traduzidas em 52 línguas (ver lista), o que lhe deu reconhecimento internacional e, em 2012, o Prémio Nobel da Literatura que, afirmam peritos, só este ano conheceu o seu expoente máximo».

Mais: Margarida Rebelo Pinto criticada na Net
Margarida Rebelo Pinto é, esta quinta-feira, o principal alvo da ira dos cibernautas portugueses. A escritora disse sentir "repulsa" por quem se manifesta contra o Governo e recebeu uma onda de críticas nas redes sociais.

As redes sociais em Portugal nunca foram muito "amigas" de Margarida Rebelo Pinto. A autora é, volta e meia, severamente criticada online por alguma coisa que diga ou que faça e até deixou de ter página no Facebook. O mais recente episódio de desamor entre a escritora e os cibernautas portugueses está a desenrolar-se esta semana, com a publicação no Youtube de um vídeo da passagem da autora por um programa informativo da RTP, onde a mesma comentou a atualidade.

No vídeo em questão, Margarida Rebelo Pinto garante sentir "repulsa" por quem se manifesta contra o Governo, estando "profundamente triste" com a "falta de civismo" e de "responsabilidade civil" de quem "interrompe o trabalho" de quem governa para protestar.

Para a escritora, os protestantes mostram "falta de inteligência e de memória" ao protestarem, pois não é este governo o "responsável pela ultraprecária situação económica que Portugal vive neste momento". "Portugal é um bocado assim. De repente, todos achávamos que éramos ricos e tínhamos imensos recursos. Eu também tive cortes. Todos temos de aprender a ganhar menos", continua. 

Também as taxas moderadoras foram alvo do escrutínio de Margarida Rebelo Pinto, que concorda com elas. "Toda a gente fica chocada com as taxas moderadoras. Eu acho muito bem que sejam aplicadas. Esta coisa de usar todos os serviços e mais alguns e não estar disposto a pagar...", sublinha a autora.  

Algumas versões encurtadas do vídeo começaram a surgir pouco depois e têm sido muito partilhadas nas redes sociais, que não falam de outra coisa. As declarações surgem numa altura em que a escritora está prestes a lançar um novo livro e tem um filme inspirado noutra obra sua na calha, motivos que também são usado por alguns para criticar a sua intervenção, encarada como uma "publicity stunt".  

Na Internet, nada se esquece e, como tal, e a par com as partilhas do vídeo, têm ressurgido algumascrónicas polémicas da escritora. A última das quais causou muito burburinho há pouco mais de um ano(apesar de datar de 2010) e chama-se "As gordinhas e as outras", assunto que levou, até, à criação de algumas páginas "Anti Margarida Rebelo Pinto", que ganharam novo fôlego nas últimas horas. 

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