quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Detalhe de processador quântico D-Wave de 128 qubits
Já se sabia, desde maio, que o Google e a NASA compartilham umcomputador quântico D-Wave instalado no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia. Uma reportagem da revista Wired dá algumas pistas do que se passa nesse laboratório
Tanto o Google como a NASA ainda estão tentando descobrir que aplicações podem rodar melhor no D-Wave do que nas máquinas convencionais. “Montamos dois times, azul e vermelho, que competem um contra o outro”, disse à Wired Jason Freidenfelds, um dos responsáveis pelo projeto do Google.
“O clube azul propõe problemas que se acredita serem mais adequados ao computador quântico. O time vermelho refina os algoritmos clássicos para que resolvam os mesmos problemas mais rapidamente”, prossegue. A ideia é identificar que tipo de aplicação funciona melhor na máquina quântica. Ela poderá, então, ser incorporada ao arsenal de tecnologias usadas pelo Google.
A NASA também está no processo de descobrir usos para o D-Wave. Rupak Biswas, diretor de exploração tecnológica do Ames, disse à Wired que a agência espacial vem rodando simulações na máquina.
As aplicações que a NASA vislumbra incluem distribuir tarefas a supercomputadores numa rede, coordenar dados vindo de múltiplas fontes no espaço e agendar operações em satélites, espaço naves e veículos robóticos de exploração no estilo do Curiosity.
Construído por uma empresa canadense, o D-Wave tem custo estimado em 10 milhões de dólares. É uma máquina exótica e de utilidade ainda incerta. Por causa do complexo processo de calibração, demora um mês só para dar a partida nela. Ela só funciona se estiver perfeitamente isolada do campo eletromagnético terrestre.
Seu núcleo é refrigerado a temperaturas próximas do zero absoluto. E o funcionamento da máquina também tem certo toque de mistério. Há uma polémica entre os  cientistas, já que alguns afirmam que não se trata, realmente, de um computador quântico.Na eletrônica digital convencional, a informação é codificada em bits, unidades de informação que podem ter dois estados distintos (geralmente representados por 0 e 1, respectivamente). Já no computador quântico, em vez de bits há qubits, unidades de informação que podem ser 0 e 1 simultaneamente. 
O modelo mais recente do computador quântico, chamado D-Wave Two, usa um processador de 512 qubits. A expectativa é que possa resolver determinados problemas em velocidade milhares de vezes maior do que seria possível com um computador convencional. Mas isso ainda precisa ser comprovado na prática.
Para quem entende inglês, segue um ótimo vídeo do Google sobre computação quântica. Ele mostra o D-Wave instalado no Centro de Pesquisas Ames e explica essa tecnologia em linguagem acessível.
Mas não espere entender realmente. Richard Feynman, ganhador do Prémio Nobel da Física disse, certa vez, que se uma pessoa acha que entende a física quântica é porque ela não entende a física quântica. A frase é citada logo no início do vídeo:

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