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- Campanha de crowdfunding tenta pagar a dívida grega.... quer ter mais juízo que a louca Europa?
Vamos salvar a Grécia e a Louca Europa?
Será que o crowdfunding seria capaz de tirar um país da miséria? É isso que Thom Feeney acredita, e para essa razão ele criou uma campanha do popular Indiegogo para financiar o pagamento de 1.7 bilhões de dólares que os gregos devem ao FMI. O projeto pretende levantar fundos ao encorajar os 503 milhões de europeus a dar um pouco de dinheiro para ajudar a Grécia.
A página está sendo tremendamente popular, ao ponto que o Indiegogo chegou até mesmo a sair do ar com a entrada de tantos interessados. Por enquanto, foram levantados 200 mil euros, o que é muito dinheiro, o suficiente para financiar a maioria dos projetos que já apareceram na rede. Infelizmente, isto ainda é menos que um por cento do dinheiro necessário.
É certo que a campanha nunca vai conseguir ser bem sucedida. Os valores são simplesmente altos demais. O projeto de crowdfunding mais bem sucedido de todos os tempos (o Star Citizen de Chirs Roberts) rendeu 84 milhões de dólares, o segundo colocado , o Pebble Time, rendeu 20 milhões, e ambos levaram meses para atingir estas cifras. O FMI provavelmente não será capaz de esperar mais que algumas semanas, antes que a Grécia saia da União Européia.
Ontem mesmo, em votação entre os cidadãos gregos, a maioria foi favorável ao não pagamento da dívida. Isso mostra que a campanha pode ter partido em um sentido equivocado. Estamos falando de um país onde 40% da população jovem se encontra agora abaixo da linha da pobreza e tem dificuldade para se alimentar. Nesse cenário, um jovem estrangeiro decide fazer uma vaquinha mundial para pagar o FMI, no lugar de ajudar as áreas de pobreza extrema do país?
Existe uma razão pela qual os gregos escolheram não pagar a dívida, e nós, como pessoas que não vivem naquele país e que não compreendem a realidade de seu quotidiano, deveríamos nos preocupar tão somente em ajudar seus cidadãos mais necessitados e desejar-lhes sorte em sua decisão de negar o FMI.