quarta-feira, 22 de julho de 2015

Os smartphones da Microsoft têm uma concorrência difícil de bater, como Apple e Google. Com isso, celulares como Lumia 830, 930 e 1320 ficam com a tarefa de agradar a um público acostumado a comprar iPhones e smarts Android. Se pretende dar uma chance ao Windows Phone, não deixe de conferir a lista com cinco razões para seguir em frente, e cinco para desistir e continuar com as outras plataformas.

Rapidez sem travamentos
Um dos grandes trunfos do Windows Phone frente ao Android é a fluidez na transição de ecrãs e rapidez para abrir apps. Isso se deve ao melhor aproveitamento que o sistema da Microsoft faz do hardware do aparelho, mesmo com um processador menos potente e pouca memória ao lado de um Android mais avançado.
O resultado disso é uma variedade grande de dispositivos Lumia com chips já considerados antigos no mundo Android, mas que dão conta do recado com facilidade no Windows Phone, inclusive em jogos pesados. A Microsoft oferece um sistema com otimizações melhores e, por isso, mais eficiente no geral.
Custo-benefício
Aparelhos com Android precisam de hardware potente, e isso influencia no custo do produto, inevitavelmente. Por exemplo, enquanto celulares como o Galaxy S5 trazem processador Snapdragon 801 para rodar o Android, o Lumia 930 consegue ter o mesmo desempenho com um chip da geração anterior, o Snapdragon 800.
Com isso, aparelhos com Windows Phone são quase sempre mais baratos. 
Menos popularidade, mais segurança
Hackers não atacam um sistema operacional específico à toa: além de vulnerabilidades, eles buscam popularidade para distribuir vírus com mais facilidade. É esse um dos principais motivos que fazem do Windows Phone, relativamente, mais seguro do que o Android e o iOS. Assim, se você quiser ter menos dor de cabeça e evitar ameaças online, há chances de que o Windows Phone ofereça menos riscos.
Agilidade nas atualizações
A Apple é, certamente, a campeã no requisito atualização, já que a maioria dos iPhones e iPads podem receber novos softwares, assim que são lançados oficialmente. Do outro lado, está o Android, que enfrenta uma dura briga com operadoras e fabricantes na hora de liberar novidades no sistema.
No meio do caminho está o Windows Phone, que costuma liberar updates constantes para seus principais aparelhos com Windows 8.1, que também já têm a esperada atualização para Windows 10 garantida. Ou seja, tratando-se de aparelhos baratos, é a Microsoft quem ganha na hora de liberar downloads rápidos de um novo sistema.
Continuum no Windows 10
Se há uma novidade dentre as tantas prometidas pelo Windows 10 móvel, certamente, o Continuum é uma delas. Se tiver um telemóvel equipado com o sistema, será possível transformá-lo em uma versão desktop ao plugar periféricos, finalmente uma maneira de usar todo o poder de processadores móveis.
Windows 10 para smartphones poderá trabalhar com duas telas diferentes no modo Continuum (Foto: Reprodução/Microsoft) (Foto: Windows 10 para smartphones poderá trabalhar com duas telas diferentes no modo Continuum (Foto: Reprodução/Microsoft))Windows 10 para smartphones poderá trabalhar com duas telas diferentes no modo Continuum (Foto: Reprodução/Microsoft)
Assim, em breve, ter um smartphone Windows significará ter um computador de bolso que poderá rodar versões desktop (ou similares) de programas famosos como Word, PowerPoint e Excel. Para entusiastas da mobilidade, pode ser o que estava faltando para mudar de plataforma e apostar no Windows em todos os dispositivos.
Poucos aplicativos
O primeiro ponto negativo do Windows Phone chega até a ser uma obviedade. Há anos tentando atrair programadores para a plataforma, o sistema ainda oferece opções muito restritas de apps. Isso sem falar no atraso em que novos recursos chegam aos apps que ele já tem: o Instagram, que demorou para chegar, está há tempos sem atualização e ainda nem oferece compartilhamento nativo de vídeos.

Sem Gmail e YouTube
Isso vale para a maioria dos aplicativos, seja por falta de suporte do sistema, ou por falta de interesse de quem desenvolve. Afinal, como a maioria dos usuários tem Android ou usam o iPhone, faz menos sentido investir tempo e dinheiro para criar algo, especialmente, para o Windows.
Embora seja parte do problema anterior, a segunda razão para não ter um Windows Phone é a falta de apps do Google, como GmailYouTube e Google Maps. Se  for usuário do serviço de e-mail mais popular do mundo, terá que configurar via POP ou IMAP e não terá nem de longe a mesma experiência vista no iOS, e muito menos no Android.
Há vários clientes que rodam vídeos do YouTube, mas, do mesmo modo, com severas falhas que comprometem a usabilidade. O HERE Maps talvez seja uma das poucas alternativas da Microsoft que realmente fazem valer a falta do Google Maps. 
Poucos acessórios

Devido à popularidade menor que a dos concorrentes, o Windows Phone sofre com a falta de acessórios compatíveis, desde cases de bateria até itens mais caros, como docks para recarregar, carregadores sem fio e outros gadgets. A própria Nokia oferece alguns acessórios, mas, talvez pela transição para as mãos da Microsoft, sua loja online está quase vazia: de todos os produtos, só estão disponíveis uma capinha para o Lumia 530 e um cartão microSD.
Office não é exclusividade
Por um bom tempo, uma das grandes vantagens de ter um smartphone com Windows Phone era a compatibilidade total com o pacote Office gratuitamente. Assim, quem gostava de trabalhar com mobilidade poderia acessar seus documentos na nuvem, editá-los e manter uma sincronia entre dispositivos de dar inveja a quem é obrigado a lidar com o Google Docs e apps de anotação da Apple.
O Office não só já está disponível para iOS e Android, como o faz também de forma gratuita e seguindo padrões de design de cada plataforma. No final das contas, um dos principais atrativos do Windows Phone não é mais exclusivo dele e, pior, ainda oferece nos concorrentes uma experiência tão boa quanto.
Futuro incerto
Talvez por ter entrado mais tarde na briga, a Microsoft está longe de conseguir o mesmo sucesso que tem nos computadores desktop. O Android segue obtendo a preferência na maioria dos mercados emergentes, e o iPhone é o rei nos EUA e na Europa. A baixa demanda afasta os desenvolvedores de apps, e a falta de apps afasta os consumidores, o que se torna um ciclo vicioso.
Apesar disso, há esperanças: a fabricante anunciou que o Windows 10 será compatível com apps do Android e iOS, desde que os programadores façam pequenos ajustes. Essa notícia, porém, não é totalmente positiva, afinal a loja da plataforma poderá encher de apps rapidamente, mas sem o mínimo de cuidado com a sintonia em uma interface completamente diferente.
Vale lembrar que o diretor-executivo, Satya Nadella, já afirmou que está profundamente comprometido com o Windows Phone. Se isso resultará em uma plataforma madura o suficiente para investir seu dinheiro, realmente, resta esperar.

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