terça-feira, 11 de novembro de 2014



Recentemente estourou  a grande polémica entre a cantora Taylor Swift e o serviço de músicas por streaming Spotify.


 A cantora que ganhou  diversos prémios da indústria fonográfica retirou suas músicas do catálogo do serviço, alegando que a empresa não lhe paga o suficiente. Hoje, descobrimos que essa “insuficiência” trata-se de seis milhões de dólares anuais.

Quem nos esclarece o caso é o CEO da companhia, Daniel Ek. A resposta foi dada devido à importância da artista, vencedora de diversos Grammys e uma das poucas capazes de quebrar recordes de venda de músicas atualmente.

O CEO do Spotify revela que paga cerca de 2 biliões de dólares anuais de direitos autorais de todo o seu catálogo. Esse dinheiro é advindo dos 50 milhões de usuários ativos. Uma grande parte é coletada através de propagandas. Já outros 12,5 milhões de usuários pagam, anualmente, 120 dólares cada um.

Já a cantora Taylor Swift, por sua vez, se não tivesse tirado suas canções do catálogo do Spotify, iria lucrar, apenas com o serviço, 6 milhões de dólares esse ano. À título de comparação, seu novo álbum, 1989, rende à artista 12 milhões de dólares por semana.




Por outro lado, Ek ressalta que o montante de 2 biliões de dólares neste ano é o maior valor já pago pelo Spotify aos donos das canções. E, seguradamente, o serviço, a cada ano, vem aumentando o valor do pagamento. Esse é, portanto, um claro sinal de que o modelo de negócios vem dando certo, e certamente se tornará uma fonte segura de renda para artistas que querem fugir da pirataria digital.

O ponto da pirataria e venda de músicas é essencial para Ek. Swift pode ter vendido muito em apenas uma semana. Ela, porém, foi a primeira artista a ultrapassar um milhão de cópias vendidas na primeira semana desde 2002. Em 12 anos, portanto, não houve ninguém que havia conseguido vender tanto. Prova, então, que o mercado de vendas direta não é tão rentável quanto Swift pensa.

De modo muito direto, Ek avisa que Spotify e outros serviços semelhantes não devem ser vistos por artistas de forma isolada no quadro global da música digital. A cantora pode ter retirado suas músicas desses serviços por achar que eles lhes rendem pouco. O CEO do Spotify, entretanto, desabafa, avisando que mesmo que os usuários não encontrem as músicas de Taylor no streaming, encontrarão em outros sites como o YouTube e o Soundcloud. E escutarão. De graça.

Ainda sem poupar palavras, Ek cita que ainda existe os usuários que simplesmente procuram a pirataria em serviços como o Grooveshark. Ademais, o novo álbum da cantora, 1989, está em primeiro lugar não apenas no iTunes, sim também no Pirate Bay.

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