sábado, 22 de fevereiro de 2014


Na Universidade de Sheffield, Reino Unido, está a ser desenvolvido um sistema que analisa a credibilidade de tweets e posts e também das pessoas que os escrevem. Os primeiros resultados deverão ser conhecidos dentro de 18 meses.


Quando chegou a hora de dar um nome ao novo detetor de mentiras nas redes sociais, os investigadores da Universidade de Sheffield recorreram à mitologia grega. E foi assim que optaram por Phemes – personagem da antiguidade que também era conhecida por Ossa, e que os romanos adaptaram para a denominação de Fama. Nas redes sociais, o sistema Phemes terá uma função oposta à da Phemes mitológica, que se distinguia por disseminar rumores e mentiras. Dentro de 18 meses, depois dos primeiros testes com jornalistas e profissionais de saúde, serão conhecidos os primeiros resultados deste sistema que tem por objetivo atribuir graus de credibilidade a utilizadores e posts de redes sociais.
Os investigadores britânicos contam criar um sistema suficientemente ágil e intuitivo para analisar a proveniência de um rumor e também quem o está disseminar. Para proceder à análise da credibilidade de um post, o Phemes deverá começar por criar categorias de autores de posts que distinguem jornalistas, peritos em determinadas matérias, testemunhas de acontecimentos, público em geral ou apenas contas fictícias (bots), que apenas têm por objetivo dar seguimento a patranhas.
Além da autoria, o sistema terá de estar apto a analisar o comportamento, conversações e o historial de um ou mais utilizadores nas redes sociais, informa a BBC. O raio de ação do Phemes vai estar circunscrito à atividade de utilizadores do Twitter, Facebook e fóruns dedicados à saúde. Apenas os textos serão analisados.
No final, os resultados serão apresentados em gráficos que facilitam a análise do grau de credibilidade de um determinado utilizador de uma rede social. Os mentores do projeto pretendem ainda que o Phemes possa classificar casos de especulação, informação controversa, contrainformação propositada, ou disseminação de falsos rumores de forma inadvertida.
O projeto, que só deverá ficar concluído dentro de três anos, conta ainda com a participação de investigadores das universidades de Warwick, King's College de Londres, Saarland, na Alemanha e Modul,  na Áustria. As empresas Atos, iHub, Ontotext e Swissinfo também colaboram no desenvolvimento do novo detetor de mentiras.

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