terça-feira, 3 de setembro de 2013

                                          
Empresa finlandesa abandona um negócio onde há poucos anos era líder incontestada. Companhia norte-americana faz nova aposta para combater a Apple e a Samsung.
A Microsoft vai pagar 5,44 mil milhões de euros pela unidade de fabrico de telemóveis da Nokia, num negócio que marca o fim da aposta da empresa finlandesa numa actividade onde foi líder e o reforço da companhia de “software” no “hardware”.

A fabricante do Windows vai pagar 3,79 mil milhões de euros pela unidade de fabrico de telemóveis mais 1,65 mil milhões de euros por patentes detidas pela companhia finlandesa. O CEO da Nokia, Stephen Elop, sai da Nokia e regressa à Microsoft.

A Nokia foi durante muitos anos a líder incontestada no crescente mercado dos telemóveis, com uma quota de mercado bem superior à das suas rivais. Só em 2012 foi superada pela Samsung, mas já antes a empresa finlandesa vinha a perder mercado, sobretudo nos aparelhos mais caros, como os “smartphones”, onde a Apple e a companhia coreana dominam o mercado.

Em 2007 a Nokia detinha uma quota de mercado de 40%. Agora fica-se pelos 15%, sendo que nos "smartphones" a fatia de mercado é de apenas 3%.

No segundo trimestre o número de telemóveis vendidos pela Nokia desceu 27% e a empresa acumulou o nono trimestre consecutivo de prejuízos, período durante o qual registou perdas de 5 mil milhões de euros. Com 148 anos de história, a Nokia passa agora a ser uma fabricante de equipamentos de telecomunicações.

O actual CEO da Nokia já eliminou 20 mil empregos na empresa finlandesa e com este negócio, leva consigo mais 30 mil trabalhadores para a Microsoft. Os telemóveis da Nokia já utilizavam o sistema operativo da Microsoft, o Windows Phone.

A empresa norte-americana, conhecida pelo desenvolvimento de “software” tenta com este negócio mais uma iniciativa para contrariar o forte crescimento da Apple e da Samsung no mercado dos telemóveis, reforçando na actividade de fabrico de “hardware”. Isto numa altura de declínio nas vendas de computadores pessoais, que afecta o seu principal negócio: venda de Windows e Office.

“Hoje é um dia de reinvenção”, referem o CEO da Microsoft, Steve Balmer, e o CEO da Nokia, num post conjunto publicado no blog da Microsoft a anunciar o negócio. “Com o compromisso e os recursos da Microsoft para desenvolver os aparelhos e serviços da Nokia, podemos agora concretizar o potencial total do ecossistema Windows, providenciando a experiência mais completa para os utilizadores na sua casa, no seu trabalho ou onde quer que estejam”, acrescentam.  

Mais:



Depois de ter sido anunciada a venda da unidade de fabrico de telemóveis da Nokia à Microsoft, as acções da empresa finlandesa dispararam 47,7% na bolsa de Helsínquia, estando agora a subir 45,41% para 4,31 euros por acção.
A Microsoft vai pagar 5,44 mil milhões de euros pela unidade de fabrico de telemóveis da Nokia, num negócio que marca o fim da aposta da empresa finlandesa numa actividade onde foi líder e, passando assim, a dedicar-se mais à área de “hardware”.

Com o anúncio deste negócio, as acções da Nokia dispararam, tendo estado a subir 47,77% para 4,38 euros, um máximo desde 24 de Fevereiro de 2012, período em que os títulos da empresa tocaram nos 4,386 euros por acção, segundo as cotações da Bloomberg.

A fabricante do Windows vai pagar 3,79 mil milhões de euros pela unidade de fabrico de telemóveis mais 1,65 mil milhões de euros por patentes detidas pela companhia finlandesa. O CEO da Nokia, Stephen Elop, sai da Nokia e regressa à Microsoft.

A Nokia foi durante muitos anos a líder incontestada no crescente mercado dos telemóveis, com uma quota de mercado bem superior à das suas rivais. Só em 2012 foi superada pela Samsung, mas já antes a empresa finlandesa vinha a perder mercado, sobretudo nos aparelhos mais caros, como os “smartphones”, onde a Apple e a companhia coreana dominam o mercado.

Mesmo com o despedimento de 20 mil trabalhadores e do primeiro corte nos dividendos em 143 anos, a empresa não estava a ser capaz de melhorar as suas finanças. Em nove trimestres, a Nokia perdeu mais de 5 mil milhões de euros. Os “smartphones” da fabricante europeia continuam a agradar menos aos utilizadores do que os das rivais Apple e Samsung.

Nem mesmo o aumento de vendas de 32% dos “smartphones” da série Lumia, que incluem sistema operativo Windows, da Microsoft, chegaram para impedir um aumento dos prejuízos.

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