quinta-feira, 19 de setembro de 2013


Áustria Viena 0 - 1 FC Porto


Champions League:  Austria Viena vs FC Porto (REUTERS)
Um quadro de Picasso é pouco mais do que inútil numa casa em ruínas. O golo de Lucho, bonito em todas as fases, é incapaz de esconder uma exibição triste e desinspirada do FC Porto em Viena. Salvaram-se os três pontos, dirão os pragmáticos; perdeu-se muito mais, reagirão os puristas.

No Prater, nem valsa nem futebol. Ou, pelo menos, pouco futebol. Exceção feita ao tal golo de Lucho, o único do jogo e exemplarmente edificado, e à gestão bem feita nos 10/15 minutos finais, o FC Porto revelou-se passivo, distante, sem ponta de ardor ou desejo. 

Ora, as razões para tal comportamento não são fáceis de identificar. Se olharmos para o adversário, vemos uma equipa de 11 rapazes bravos, entusiasmados e motivados por uma entrada forte. Tecnicamente primários, sim, mas decididos a aproveitar a oportunidade de jogar na Champions. 

Por isso, por viverem um sonho, os austríacos recusaram largá-lo. Disputaram cada lance como se a sua vida disso dependesse, pressionaram por todo o campo enquanto cabeça, coração e pernas funcionaram. E deixaram o hiper favorito FC Porto em sobressalto. 



Passes básicos errados, posicionamento preocupante, confiança excessiva, enfim, pouco se salvou dos tricampeões nacionais antes e depois do excelente golo de Lucho, anotado aos 55 minutos. 

Jogar em Viena é recordar o calcanhar de Madjer, o instinto assassino de Juary, as arrancadas de Paulo Futre ou a segurança de Mlynarczyk. Também por isso, pelo peso de uma história brilhante, esta vitória fica inquinada por um sabor amargo. 

Basta lembrar só mais um exemplo. No instante a seguir ao golo, o FC Porto permitiu uma bola ao poste da baliza de Helton. Sobreviveu aí, como noutras insistências austríacas, muitas vezes com mais sorte do que juízo, com mais surpresa do que competência. 



Foi tudo mau? Não, claro que não. As entradas do resistente Izmaylov e de Herrera funcionaram e puseram algum travão no Áustria Viena. Estamos, porém, a falar sobre uma fase muito adiantada do jogo, quando o FC Porto já vencia e se limitava a controlar. 

Os números (seis jogos, seis vitórias) jogam a favor de Paulo Fonseca e são prova de que o treinador sabe o que faz. Também ele, no entanto, terá ficado desagrado com a análise genérica a esta sua estreia europeia. 

A casa azul e branca sobreviveu à avalanche austríaca, mas tremeu, tremeu muito. E pouco se salvou, a não ser a tal moldura desenhada por um gentleman chamado Lucho Gonzalez. O Picasso da noite no Prater.



Sporting:Elias: Sporting tem de responder à FIFA até 1 de outubro
A disputa entre Elias e o Sporting relativa às verbas que o jogador considera que o clube lhe deve entrou na fase final: nas próximas semanas deve haver uma decisão.

Para já a FIFA intimou no passado dia 11 de setembro o Sporting a responder à argumentação dos advogados do Elias, tendo até 1 de outubro para entregar essa contra argumentação. Depois disso, e depois de analisar as provas dos dois lados, a FIFA tomará uma decisão.

Nesta altura, de resto, Elias reclama duas coisas: o pagamentos das verbas que considera ter em atraso (e que o Sporting diz não ter) e a rescisão de contrato com o Sporting.

Isso mesmo foi confirmado ao Maisfutebol pelo advogado do jogador. «Reclamamos o pagamento de uma dívida de duas parcelas, uma referente a direitos de imagem e uma outra de salários, e se a FIFA nos der razão reclamamos a rescisão do contrato», referiu Felipe Legrazie Ezabella.

«Quero fazer uma correção, porque foi escrito em Portugal e no Brasil que o Elias reclamava oito meses de salários em atraso. Isso nunca foi dito por nós, nem em on nem em off the record, porque não é verdade. Reclamamos uma dívida que não tem nada a ver com isso.»

Felipe Legrazie Ezabella diz de resto que o Sporting argumenta que os direitos de imagem não são ordenado e que Elias defende precisamente o contrário. 

«Os direitos de imagem são ordenado», refere. «Os clubes utilizam esse mecanismo para pagar menos de impostos. Em vez de pagar um euro de ordenado, declaram um cinquenta cêntimos de ordenado e cinquenta cêntimos de direitos de imagem. Mas o vencimento é um euro.»

«Se a FIFA der razão ao Sporting, o Elias apreenta-se em Lisboa«

Em cima da mesa está de resto um pedido de rescisão, mas não está uma decisão irreversível: Elias quer manter as portas de Alvalade abertas, garante o advogado.

«O Elias tem uma consideração muito grande pelos adeptos do Sporting, foi muito bem recebido aí em Lisboa e é um ativo do clube», refere. «Havia uma divergência de opinião, o Elias considera que há uma dívida, o Sporting defende que não, por isso pedimos a intervenção da FIFA para dirimir essa divergência.»

Felipe Legrazie Ezabella acrescenta de resto ser falso que Elias não tenha procurado falar com o Sporting antes de avançar para a FIFA.

«O jogador fez dois acordos com a direção anterior, mas nenhum dos dois foi cumprido por essa direção anterior. Após a chegada da nova direção ao Sporting, o pai do Elias esteve duas vezes em Lisboa e não conseguiu falar com o presidente Bruno de Carvalho», referiu. 

«Antes de ingressar com o pedido na FIFA, enviámos uma carta para o Sporting, da qual só obtivemos uma resposta do advogado a dizer que estavam a analisar. Por isso avançámos para a FIFA, porque precisávamos de certezas.»

Elias está agora à espera dessas certezas, que o advogado acredita deverem chegar em outubro. «Se a FIFA der razão ao Elias, aí o jogador fica livre para escolher o clube onde jogar. Se a FIFA der razão ao Sporting, no dia 1 de janeiro o Elias apresenta-se em Lisboa para exigir que o Sporting honre o contrato que assinou», referiu. «Só queremos que a FIFA diga onde está a razão.»

Caso na Liga: Sporting B violou regulamento
JOGOU NO MESMO DIA QUE A EQUIPA PRINCIPAL

As equipas do Sporting, a principal e a B, jogaram ambas no passado dia 15 (frente ao Olhanense e ao Santa Clara, respetivamente), uma realidade que viola o estabelecido no regulamento de competições da Liga, mais especificamente o ponto 2 do artigo 13.º: “Os jogos das equipas B não podem ter lugar no mesmo dia de calendário da equipa principal.”

Benfica:

Fejsa convenceu na estreia a titular: «Pulmão inesgotável»


Fejsa convenceu na estreia a titular: «Pulmão inesgotável»

No primeiro jogo oficial como titular do Benfica, antes mesmo de se cumprir um mês da sua chegada a Lisboa, Ljubomir Fejsa convenceu adeptos e crítica. O médio sérvio foi considerado o melhor em campo pelo Maisfutebol, mas também pelos três jornais diários desportivos. Uma apreciação unânime, portanto, que se estende a quem o conhece há mais tempo.

Almani Moreira foi colega de Fejsa durante três épocas, no Partizan, e também ficou convencido com a exibição de terça-feira. «Chegou agora ao clube mas parecia que já jogava aqui há muito tempo. Há que dar mérito à exibição, sobretudo porque foi na Liga dos Campeões», analisou o diretor desportivo do Atlético, contactado pelo Maisfutebol.

Moreira destaca o «pulmão inesgotável» do antigo colega, que permite estar em todo o lado. «É muito forte fisicamente. Permite ao Matic soltar-se e compensa a subida dos laterais. Já acrescentou algo à equipa, deu mais segurança aos defesas», acrescentou.

O luso-guineense recuou depois aos anos em que partilhou o balneário do Partizan com Fejsa (2008-2011). «Ele já era mais ou menos assim, mas melhorou em termos de posicionamento, com a mudança para a Grécia, e também fruto do próprio tempo que passou. Mas o pulmão está igual. Já corria muito. Ele está em todo o lado, e se deixarem até se esquece que é trinco», brincou.

A expectativa é de que Fejsa «melhore ainda mais com o tempo e com a ajuda de Jesus». «Vai complementar o trabalho do Matic, dar-lhe descanso, pois terá alguém a cobrir a sua posição. E o Fejsa, para além de roubar e entregar a bola, também sabe assumir o jogo», alertou Moreira. 

O diretor desportivo do Atlético acredita, por isso, que Fejsa e Matic são compatíveis. E a presença de outros sérvios no Benfica promete facilitar a adaptação do reforço contratado ao Olympiakos. «É sempre bom encontrar compatriotas no estrangeiro», lembrou Moreira, que foi emigrante durante vários anos.

O ex-jogador ainda não teve oportunidade de se encontrar com Fejsa em Lisboa, mas em breve procurará esse reencontro: «Até seria má educação não estar com ele no meu país. Vou deixá-lo instalar-se e depois tento estar com ele.»

Vieira: «Está sempre a correr bem no Benfica»


Luís Filipe Vieira está satisfeito com o início de época do Benfica, pese embora os cinco pontos já perdidos na Liga. O presidente encarnado defende que a equipa deve manter o rumo da época passada.

«Está sempre a correr bem no Benfica, penso eu. Compreendo uma boa parte das pessoas, sócios, adeptos e simpatizantes, que sabem bem o percurso que tivemos no ano passado e que na reta final houve alguma frustração, mas não podemos esquecer o que fizemos até lá», disse Vieira na apresentação da Meia Maratona de Lisboa, citado pela agência Lusa.

O presidente do Benfica acrescentou que «para conquistar o que quer que seja é preciso continuar dentro daquele que foi o timbre da época passada. «Acreditando jogo a jogo que somos capazes de chegar e continuar a sonhar que temos capacidade para o fazer», reiterou.

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