quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pesquisa descobre maneira de quebrar a criptografia dos processadores

Ao que parece, agora nem mesmo a criptografia dos processadores utilizados em nossas máquinas está segura. Isso porque alguns pesquisadores da Universidade Massachusetts revelaram ter descoberto uma maneira de quebrar o mecanismo de gerenciamento desses códigos.
A grande novidade, contudo, não é só isso, pois processos do tipo já tinham sido desenvolvidos anteriormente. O “x da questão” é o fato de que eles encontraram uma maneira de fazer isso de forma totalmente indetectável por meio dos métodos conhecidos atualmente – inclusive passando despercebido por análises criteriosas feitas com poderosos microscópios.
Tudo acontece no processo de dopagem do processador. O “doping” é quando determinadas impurezas são adicionadas à estrutura “crua” do microchip. Esse processo, essencial na fabricação dos semicondutores, é feito de maneira pontual para criar algumas particularidades do processador.
O que os pesquisadores conseguiram fazer foi alterar esse “doping” em algumas regiões específicas, tudo de maneira totalmente anónima, vamos dizer assim. Dessa forma, “Backdoors” são criados com base na mudança de comportamento do chamado “RNG” (Random Number Generator ou, em português, algo como gerador randômico de números) dos processadores da Intel.
Pesquisa descobre maneira de quebrar a criptografia dos processadoresProcessadores ameaçados (Fonte da imagem: Reprodução/PC World)
Com isso, ao invés de um ataque ter a chance de sucesso de 1/2128, ele passará a ter 1/2n, sendo que “n” representa a constante de bits escolhida pelo “designer” do processador. Com isso, quanto maior for essa constante, mas fraco será o “RNG” o que, consequentemente, torna as chances de sucesso do ataque muito maiores.

Um processo melhorado

Esse tipo de mudança mal intencionada no design e desenvolvimento dos semicondutores de processadores já é conhecida já alguns anos. A diferença é que esse tipo de alteração geralmente acabava transformando a forma como o CPU enviava os dados processados, alterando a sua performance e estabilidade.
Essa é a grande novidade descoberta pelos pesquisadores da Universidade Massachusetts. Além de indetectáveis, tais alterações não parecem atrapalhar o trabalho do processador, que segue a sua “rotina” normalmente, mesmo dando novas portas de acesso a ataques mal intencionados. Isso deve, com certeza, fazer com que os fabricantes de processadores fiquem de olho em seus parceiros internacionais e que fazem a manufatura de seus produtos. 


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