A BlackBerry está a avaliar várias possibilidades para assegurar o seu futuro. Uma comissão para explorar as opções estratégicas para a empresa, da qual faz parte também o CEO Thorsten Heins, foi já criada. Para já, parcerias, alianças estratégicas ou a venda da tecnológica, são apontadas como as hipóteses mais prováveis, de acordo com a agência Bloomberg.

“A probabilidade de uma venda é pelo menos 50%”, afirmou Charlie Wolf, analista da Needham&Co. E acrescenta: “as outras opções são muito menos prováveis”. Isto, apesar de no ano passado, quando contratou o JPMorgan Chase e o RBC Capital Markets para aconselharem a tecnológica sobre as opções estratégicas, Heins ter afirmado que a venda não era a “direcção principal” considerar.

As perspectivas para a tecnológica terão, todavia, piorado depois de ter-se registado uma baixa procura do Blackberry 10. A queda das vendas a juntar às perdas registadas nos mercados accionistas faz crescer a expectativa de que a tecnológica não continuará a actuar de forma independente. O JPMorgan é o consultor financeiro da comissão que decidirá o futuro da fabricante canadiana.

A comissão, agora criada, será presidida por Timothy Dattels, que integrava o conselho de administração da companhia, refere a BBC. “Acreditamos que o momento certo para explorar alternativas estratégicas. As palavras do executivo vão ao encontro da opinião de Wolf. O analista afirmou que “a BlackBerry está a seguir a linha de acção mais adequada”.

Nos últimos anos, a BlackBerry, antes Research in Motion, tem sido afectada pela concorrência da Apple e do sistema operativo Android da Google que tem integrado os “smartphones” da sul-coreana Samsung.

A BlackBerry perdeu 84 milhões de dólares (perto de 82,94 milhões de euros), nos últimos três meses, e espera continuar a registar prejuízos no trimestre terminado em Setembro, de acordo com a BBC.

No mercado bolsista canadiano, a BlackBerry soma 3,88% para 10,44 dólares canadianos.