Nem tudo o queremos, temos....

A Samsung trilhou um caminho de sucesso com a linha Galaxy S. Lembro que quando comecei a trabalhar no AndroidPIT, o lançamento do Galaxy S3 era o tema quente do momento e a fabricante era o símbolo máximo da inovação. Porém, o lançamento das duas últimas flagships da série acabaram frustrando os usuários. Será que o Galaxy S6 será o segundo divisor de águas da linha S?

De acordo com o que anda sendo divulgado, o Samsung Galaxy S6 tem tudo para ser a próxima grande novidade. Claro que o que você vai ler neste artigo ainda são meras especulações, mas tratam-se de melhorias que, na nossa opinião, colocariam a linha Galaxy de volta ao posto conquistado hoje por outra fabricante sul-coreana (isso mesmo, estou falando da LG).

Nos últimos tempos, muito se ouviu falar sobre o Galaxy Alpha, o suposto primeiro high end da Samsung a ser lançado no mercado usando o alumínio como matéria-prima. Também conhecido como Galaxy F ou S5 Prime, o dispositivo é esperado como um upgrade do atual carro-chefe da fabricante. As últimas imagens vazadas, alegam que o smartphone virá com uma carcaça de metal ou pelo menos uma moldura de alumínio. 

Levando em consideração que o Galaxy Alpha chegará ao mercado em setembro deste ano com tais características, as chances de vermos o Galaxy S6 ser o primeiro smartphone da linha Galaxy S a, finalmente, trazer características de alto nível na sua fabricação. Assim, a Samsung se aproxima de marcas que já apostam no metal para entregar uma experiência melhor aos usuários, tais como a Sony, a HTC e a Apple.

Aliás, a Samsung precisa deixar de lado o design conservador dos seus carros-chefe, pois o flerte com o plástico imitando o couro e a traseira que levou apelido de "band-aid" não trouxeram nada de construtivo ao projeto dos smartphones da linha Galaxy. Assim, o GS6 chegando ao mercado com um corpo de metal e um design mais elegante pode fazer com que o aparelho recupere a sua importância entre os usuários.

Apesar dos televisores 4K ainda não serem populares no país, vêm se tornando um aparelho must have mundo afora. Depois que a LG tornou o ecrã( tela) QHD viável em um smartphone que já está sendo comercializado no mercado (LG G3), é esperado que a Samsung dê um passo ainda maior com o Galaxy S6 e oferece um ecrã( tela) 4K ou UHD. A empresa afirmou anteriormente que a ideia de trazer um dispositivo com resolução de 3840 x 2160 pixels estava em seus planos para 2015.

Neste sentido, não podemos esperar nada menos que uma tela de 2K no Galaxy S6, caso contrário a linha estará fadada ao insucesso.

A TouchWiz no Galaxy S5 já não é o mesmo software das demais linhas da Samsung, pois foi redesenhada em termos de interface. Porém, a skin da fabricante ainda é um peso que seus smartphones carregam e é sinónimo de bloatware. O Galaxy S6 precisa trazer uma nova UX, com aplicativos que adicionem funcionalidades ao sistema operacional, não apenas ofereçam o mesmo serviço que um aplicativo nativo do Android só que pior.

Com a Samsung queimando a gordura da TouchWiz, teremos mais espaço livre para uso do proprietário do aparelho. Além disso, os desenvolvedores da Sammy poderiam passar mais tempo pensando em como facilitar a vida do usuário com melhor suporte para backup de dados, uma maior integração com o computador e soluções de compartilhamento de informação entre dispositivos.

Com a introdução do Android L no mercado nos próximos meses, a Samsung terá a chance de optar por um processador de 64-bit, visto que o software finalmente oferece suporte para tanto. Isso significa também a possibilidade de uma memória RAM ainda maior. Assim, estamos falando de uma RAM de 4GB ou superior.

Optando por um processador de 64-bit, a Samsung fatalmente escolheria um chipset da Qualcomm, neste caso o Snapdragon 808 ou 810.

Para quem costuma ler meus textos, não é uma novidade que minha escolha passa pela qualidade de som dos alto-falantes de um smartphone. A HTC fez um excelente trabalho com a linha One e a Sony, sabiamente, introduziu as mesmas duas colunas de som na parte frontal do seu atual carro-chefe. Aliás, a qualidade de som o Xperia Z2 foi o que mais me atraiu no aparelho na hora de escolher ele como meu dispositivo em 2014.

Neste quesito, a Samsung vem errando ano após ano por não investir em alto-falantes estéreos decentes. Se a empresa resolver colocar um ecrã( tela) de 2k ou 4k no Galaxy S6, será imperdoável não adicionar colunas de som na parte da frente do dispositivo.

Até o momento, aposto que em alguns dos tópicos acima você deve ter se perguntado sobre como um dispositivo com possíveis características lidaria com o consumo de energia, certo? Pois é, um dos grandes desafios da Samsung será, sem dúvidas, a capacidade da bateria do Galaxy S6. O atual carro-chefe da linha possui uma bateria de 2.800 mAh e, apesar do modo de economia de bateria, ainda assim não é suficiente para o número de tarefas diárias dos usuários.

Precisamos de baterias maiores, com melhor gerenciamento de energia e rapidez de carregamento, tanto via cabo quanto sem fio. Além disso, a possibilidade do Galaxy S6 ser “unibody” descaracteriza uma possível bateria extra.

Apesar do grande número de vendas do Galaxy S5, nada bateu o fenómeno Galaxy S3 que, em seus tempos gloriosos arrematou um grande número de usuários da maior concorrente da sul-coreana (e sim, estou falando da Apple). E é preciso dizer ainda que isso aconteceu porque víamos no Galaxy S3 algo especial, algo que tornava o dispositivo único e não apenas uma peça de tecnologia que você tem porque todo mundo tem.

A Samsung deve parar de querer testar tecnologias ou novas características em seus dispositivos carros-chefe, pois isso faz com que os mesmo percam valor de mercado. Um smartphone verdadeiramente premium deve ser consistente, deve trazer o peso da marca em si e não servir para que engenheiros da fabricante possam realizar pesquisa de mercado, para isso se pode lançar uma linha como a Round, Beam ou Zoom.