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quinta-feira, 25 de julho de 2013
Rosalind Franklin ganha homenagem em Doodle do Google nesta quinta-feira (25). A inglesa nasceu em 25 de julho de 1920, Franklin é um dos maiores nomes da história da sua área, tendo sido a pioneira na biologia molecular e que tem como o seu grande feito a descoberta da forma do DNA.
É justamente esta experiência que é retratada no Doodle: empregando a técnica chamada de difração dos raios-x, concluiu que o ácido desoxirribonucleico possui forma helicoidal – apesar de ter sofrido muito preconceito na época, quando a ciência ainda era um ramo de grande maioria de homens atuando.
Franklin era britânica e, entre 1947 e 1950, trabalhou em Paris no Laboratoire Central des Services Chimiques de L’Etat, onde começou as pesquisas com a difração dos raios-X. Em 1951, juntou-se à equipe de outro laboratório, na Inglaterra, o King’s College Medical Research Council (1951) e é a principal responsável pela descoberta da dupla estrutura.
Se hoje o formato helicoidal da molécula do DNA é bastante famoso, é graças a Rosalind e seus companheiros. Entretanto, como faleceu muito jovem, aos 37 anos, por causa de um cancro no ovário, em 1958, acabou não recebendo o merecido reconhecimento. Mas o caso é complicado por envolver muitas coisas.
Rosalind conseguiu a chamada “fotografia 51″, uma imagem que mostrava as moléculas de DNA, em 1952. Durante meses, ela analisou o trabalho, mas não percebeu como era o formato do DNA. Pouco depois, um aluno dela levou a questão para o cientista Maurice Wilkins, que compartilhou a imagem com outros estudiosos.
Rosalind Franklin e sua descoberta, a forma da molécula do DNA (Foto: Reprodução/Write Science)
Então, James Dewey Watson e Francis Crick tiveram o “insight” que ela não teve, viram que se tratava de uma dupla hélice e publicaram a informação na revista “Nature”, em 53. Franklin sequer foi citada. Nove anos depois, em 1962, o trio recebeu o consagrado Nobel de Fisiologia/Medicina e Franklin seguiu esquecida.
Foi somente no final da década de 60 que o papel de Rosalind Franklin nesta descoberta começou a ser descoberto. Em 2000, o próprio Watson falou sobre o assunto polémico e admitiu que a cientista foi fundamental. Segundo ele, “ela não soube interpretar os dados”. Mas, como o Nobel não pode ser dado a título póstumo, ela não recebeu a honra.