domingo, 2 de agosto de 2015

A forma encontrada para conseguirem oferecer aplicações aos utilizadores dos dispositivos móveis assenta num modelo de publicidade que é vantajoso para as empresas que detêm os sistemas operativos móveis e também para os programadores.
Os utilizadores, ao contrário do que pensam, acabam por ser vítimas deste modelo, e ao não pagarem para ter as aplicações acabam por ter um custo que não esperavam e que silenciosamente estão a pagar, muitas vezes sem darem conta disso.
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Um estudo realizado por investigadores da Universidade do Sul da Califórnia e de mais duas outras universidades revela que as aplicações gratuitas que apresentam publicidade conseguem ser prejudiciais e por consumir recursos de forma anormalmente alta.
De acordo com o apresentado as aplicações gratuitas que apresentam publicidade aos utilizadores conseguem ter consumos de recursos muito elevados e que muitas vezes acabam por ser uma alternativa pior que as versões pagas.
Em termos de consumos de bateria estas aplicações chegam a gastar mais 16% que as aplicações pagas ou sem publicidade. Estes consumos adicionais levam a uma redução de 2,5 para 2,1 horas em média, ou para 1,7 horas em consumos de energia elevados.
Também na área dos recursos de hardware estas aplicações são consumidoras ávidas e chegam a gastar mais 48% de tempo de CPU, 22% de memória e 56% mais de utilização de CPU.
Se até aqui os dados eram interessantes e até preocupantes, o valor associado os consumos de dados (Internet) é ainda mais alarmante. O aumento do consumo de dados chega aos 79%, o que leva a que muitas vezes os plafons de dados sejam rapidamente consumidos.
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Este consumo anormal de dados é facilmente justificado com a necessidade de descarregar da Internet todos os elementos da publicidade que vai ser apresentada.
A metodologia usada para avaliar estas aplicações e o seu impactos nos dispositivos móveis fez uso de 21 das mais conhecidas aplicações deste tipo, e que estivera no top das aplicações mais usadas nas diferentes categorias da Play Store, de Janeiro a Agosto do ano passado.
Para testar essas aplicações foi usado um smartphone Samsung Galaxy SII, que tinha instaladas as aplicações necessárias para avaliar os diferentes consumos.
Fica assim provado que muitas vezes, e como o ditado diz, o barato sai caro. Estes consumos acaba por ser normais, mas vão contra o que os utilizadores esperam.

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