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- Spotify gratuito está no fim
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
A chegada do Apple Music veio mexer muito nos modelos de monetização dos serviços de streaming. Assentes em modelos freemium, estes serviços dão aos utilizadores muitas funcionalidades, a troco de publicidade.
Mas este modelo de serviço poderá estar já com os dias contados, no caso do Spotify, sendo substituído por outros mais restrito aos utilizadores que não querem pagar.
A informação do fim do serviço gratuito do Spotify surgiu durante o fim de semana, com informações vindas de fontes internas ao processo.
Segundo indicaram estas fontes, as produtoras estão agora a recomeçar a pressionar o Spotify para que seja terminado a vertente gratuito do seu serviço e que assim seja aumentado o número de utilizadores pagantes.
Esta não é uma ideia que agrade ao Spotify, mas que este terá de aceitar, obrigando-se a criar novas formas de restringir o acesso gratuito ao seu serviços.
Uma vez que actualmente apenas 1 em cada 4 utilizadores utiliza o serviço Premium do Spotify, o objectivo das editoras é que este número cresça e assim o serviço consiga ser mais lucrativo para as editoras.
As possibilidades do Spotify
Existem várias possibilidades que o Spotify pondera usar, mantendo na mesma uma parte da vertente gratuita do seu serviço, mas limitando de forma elevada o acesso à música.
Uma das principais ideias que pode ser usada é impedir o acesso a determinadas músicas e a determinados álbuns. No caso dos utilizadores que pagam o serviço o acesso será pleno e ilimitado.
Outra medida passa por atrasar a disponibilização de novos álbuns, mais uma vez permitindo o acesso imediato a todos os utilizadores que pagarem o serviços.
Por fim existe a ideia de dar apenas acesso a que sejam ouvidas apenas 2 ou 3 músicas por álbum, removendo estas limitações aos restantes utilizadores.
O momento oportuno para a mudança
Este novo ataque da industria musical ao Spotify surge numa altura em que estão em cima da mesa as negociações para a renovação dos contratos com 3 das maiores produtoras.
Até 01 de Outubro os contratos com a Sony Music Entertainment, Warner Music Group, e a muito importante Universal Music Group precisam de ser renovados, o que deixa o Spotify numa posição desfavorável e sujeita a pressões.
O interesse em acabar com os serviços gratuitos, em que a troco de publicidade é dado acesso pleno à música, é grande. As editoras querem que os limites sejam impostos e que os utilizadores sintam que estão a ser privados de parte porque não utilizam a versão paga do serviço.
Esta nova medida, e o novo modelo do serviço, passaria a compensar mais os artistas, que assim viam um aumento das suas receitas. Em última instância as próprias editoras viam os seus rendimentos subir, graças a um modelo menos justo para os utilizadores, mas onde o Spotify conseguiria pagar um valor superior.