quarta-feira, 4 de novembro de 2015



O projeto 100% português apresenta uma proposta diferente ao nível dos brinquedos educativos: tira partido das novas tecnologias, mas dá-lhe um sentido físico e ao mesmo tempo nostálgico. Aproxime os blocos de madeira do tablet e veja as personagens virtuais ganharem vida.



Num mundo cada vez mais digital, por vezes parece que os mais pequenos já não ligam a outros brinquedos, sobretudo aos que já fizeram felizes muitas gerações de crianças. Será possível em pleno século XXI entreter uma criança com blocos de madeira? A Magikbee acredita que sim.

A empresa bracarense apresenta uma proposta alternativa de brinquedo educativo. Não se limita apenas a desenvolver um produto digital, mas dá-lhe algo palpável, algo físico e verdadeiramente interativo que pretende estimular a curiosidade dos mais novos.


Hugo Ribeiro, um dos três elementos da Magikbee, explicou ao TeK que as próprias filhas foram uma inspiração na hora de avançar para o projeto. As crianças já são muito ligadas ao tablet como dispositivo de entretenimento e isso fez Hugo sentir que havia uma falta de ligação a outros elementos.

Este é um dos motivos que ajuda a explicar a escolha dos blocos de madeira e não blocos de plásticos ou eletrónicos. “Há muitos anos que as crianças brincam com peças de madeira. São úteis e são simples na interação. E a madeira é uma realidade que acaba por ser muito distinta. Não existem muitos produtos assim”, explicou Hugo Ribeiro.

Mas a madeira por si só não garante a interatividade com o tablet. O segredo? Uns 'pozinhos de perlimpimpim'.

“Em cada bloco colocámos ímanes com um feitiço mágico que espalha uma energia poderosa detetada pelos circuitos do tablet. O mago do código fez o seu trabalho ao criar uma aplicação que deteta a energia quando aproximas os blocos do tablet”. Esta é a descrição apresentada pela Magikbee no seu site e até pode ser suficiente para convencer as crianças. Mas e os adultos?

Para os adultos a explicação é a mesma, mas com um sentido mais real. Cada bloco tem pequenos ímanes cujo campo magnético é depois interpretado ao nível do software. Desta forma o tablet sabe que peça foi colocada, onde foi colocada e o que deve fazer relativamente a esse posicionamento.



Por agora o objetivo da Magikbee é dar a conhecer o conceito e receber as primeiras impressões. “Estamos muito entusiasmados com o projeto, a receção tem sido brutal. Esperamos ser um projeto de sucesso”, adiantou um dos cofundadores

Até ao final do ano a ideia passa por uma campanha de crowdfunding, que deverá ajudar a trazer os blocos ‘mágicos’ para o mercado.

A estimativa de Hugo Ribeiro é que os Magic Blocks fiquem disponíveis no final do primeiro trimestre de 2016, para o maior número possível de famílias. Pois essa é uma meta clara da empresa: querer criar um produto que é acessível e que não ganhe o rótulo de elitista.

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