O tão esperado foblet Lumia 1520 já não era mais surpresa pra ninguém. Apanhado algumas dezenas de vezes antes de seu anúncio oficial, o mais novo integrante da Nokia entrega mais do que um ecrã de 6 polegadas. Veja as nossas primeiras impressões deste aparelho, que testamos em Abu Dhabi, no último Nokia World da história.

A linha Lumia é famosa por trazer ótimos displays, com contrastes profundos e cores vivas. Mas assim como na evolução do Galaxy S3 para o Galaxy S4, a estreia da nova tela Full HD da Nokia, em uma versão de 6 polegadas, é, no mínimo, estonteante.

Apesar do novo tamanho, quem já se acostumou a um foblet não sentirá nenhum desconforto em se adaptar ao 1520. É possível manuseá-lo com conforto, razoável para o uso quotidiano, ainda que inevitavelmente se sinta compelido a usar as duas mãos. Mexer com apenas uma das mãos é possível, mas talvez pouco sensato.

A câmera é boa, mas não chega a ser igual a do Lumia 1020, demarcando o território para o público que dá prioridade à tela, deixando a câmera em segundo lugar. Sobre a bateria, obviamente não foi possível avaliá-la, mas a promessa de 19 horas com 87% de carga é compatível com o que se oferece no mercado de foblets da atualidade.

Testar o Windows Phone 8 em uma tela de 6 polegadas se revelou uma experiência mais agradável do que utilizar a última versão do Android em um foblet como o Galaxy Note 3. O sistema do Google ainda não parece ter se adaptado a este tamanho intermediário, entre smartphone e tablet, e a Microsoft respondeu à altura com o último update do WP, anunciado na semana passada.

Como de praxe, o foblet ainda não está em sua versão final, mas ele apresentou boa estabilidade, sem engasgos, mas havia poucos apps para testar. Tanto que, apenas para efeitos de demonstração, ao clicar no Live Tile do Skype fomos recepcionados com um vídeo mostrando como será o funcionamento futuro do app. Aos menos nessas primeiras impressões, entretanto, foi perceptível a ausência de qualquer parte ou componente do sistema que não estivesse adaptada a resolução FullHD.

No software, algumas novidades promissoras, outras nem tanto. O Nokia Beamer é um exemplo legal: é possível compartilhar a tela do Lumia 1520 tanto para uma TV como para outras pessoas em qualquer lugar do mundo. Não foi possível testá-lo, mas tecnicamente ele tem tudo para funcionar como promete.

O Nokia Storyteller, por outro lado, tem tudo para fadar ao fracasso. Em vez de ser uma aplicação integrada à galeria de fotos - ou, ainda, uma substituta a ela -, ela simplesmente se faz de organizador de imagens dentro doTelemóvel e nada mais. Quer ver as fotos das suas férias? Organize elas pelo app e veja elas pelo app. Nada mais. Não dá pra compartilhar e, muito provavelmente, se  precisar apagar o telemóvel, vai perder tudo.

De resto, é o velho Windows Phone 8, agora com menos problemas e um pouco mais maduro. O anúncio da chegada do Instagram e do Vine cala de vez o público que usava isso como ponto negativo, mas ainda há brecha para "falar mal", como a ausência da King e seu viciante Candy Crush.