Lei Jun, CEO da gigante chinesa Xiaomi veio publicamente defender que os novos smartphones não deveriam trazer um carregador, isto porque no mercado já há tantos smartphones que este acessório torna-se um excedente e desnecessário, nos dias de hoje.
A preocupação de Lei Jun é com o sofrimento da natureza, face ao excesso de electrónica que se acumula como lixo, mas será mesmo só essa a sua preocupação?
Dentro da caixa do smartphone encontramos normalmente o carregador e vários outros acessórios, até porque o smartphone não traz a carga completa e o carregador, estejamos onde estivermos, ajuda logo a carregar a bateria. Mas há quem tenha uma ideia bem diferente face ao consumo arbitrário da modernidade.
Assim pensa Lei Jun, que decidiu discutir este tema publicamente no seu perfil oficial no Weibo. Publicamente, e com um impacto à escala mundial, até porque o Weibo é uma das maiores redes sociais da Ásia, mas também uma das mais “observadas” no mundo industrial. Mas o factor mais importante é mesmo a declaração que o Ceo da Xiaomi referiu. O deixar de fornecer este acessório junto com o smartphone, traria um benefício para ambos os lados, quer para o fabricante, quer para o consumidor.
Contudo, o responsável da Xiaomi tem até uma preocupação ambiental por trás das suas palavras, segundo Lei Jun, a natureza sofre com a quantidade massiva de carregadores que são fabricados e que são empacotados para o cliente levar sempre que compra um novo modelo. Basicamente vai servir para o mesmo que o que o seu carregador já faz. Se necessitasse, aí adquiria por fora, sendo que a Xiaomi vende cada carregador a 1,70 dólares.
Mas… carregadores diferentes?
Esta parte não foi referida, mas era importante perceber. Claro que poderia haver aqui uma alternativa quando, por exemplo, os carregadores tivessem de ser compatíveis com a tecnologia Quick Charge, que já vemos bastante no mercado, principalmente nos concorrentes da Xiaomi, mas mesmo assim começa a haver muita fragmentação também neste tipo de acessório o que pode deitar por terra esta “ideia” do CEO da empresa asiática.
Basicamente, as suas palavras podem fazer sentido quando temos em casa vários dispositivos que usam o mesmo tipo de carregador, mas isso não poderá ser aplicado a todo o mercado pois estão sempre a surgir novas tecnologias e mais desafios mesmo no campo dos carregadores. Num segmento de entrada de gama, até poderá fazer sentido, mas isso já vemos que, cada vez mais, os acessórios são nalgumas marcas bastante rudimentares, noutras fazem a diferença e claro, para a Xiaomi que vende aos milhões, se remover da oferta 60 milhões de carregadores, o encaixe financeiro é grande, sem dúvida… e o ambiente, sim, que as preocupações são ambientais. O ambiente também agradece.
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