sexta-feira, 17 de abril de 2015

Quer ser muito bom no Instagram? dicas

Se quando pensa em Instagram, pensa em fotografias de comida, saiba que está a passar ao lado de um universo de possibilidades. Em Lisboa,houve um workshop sobre a aplicação de imagens e a conclusão é a seguinte: as fotografias que causam suspiros estão democratizadas. Basta um smartphone, um cenário... e alguns truques. A regra? Divirta-se.
Quer ser muito bom no Instagram? Há uma regra: divirta-se














A fotografia e Instagram no Roca Lisboa Gallery, em Lisboa foi discutida. O orador convidado foi Nicanor Gárcia, arquiteto de profissão e especialista da aplicação de fotografias, que veio à capital portuguesa para partilhar a sua experiência.


Mas, afinal, o que é que tem o Instagram de tão especial? “O Instagram universalizou a fotografia. Fez com que qualquer pessoa tenha a possibilidade de tirar fotografias”, explicou Nicanor ao Notícias ao Minuto, sublinhando que quem não tinha acesso a uma câmara analógica não o podia fazer de uma forma tão imediata.

Hoje em dia o Instagram tem mais de 300 milhões de utilizadores ativos por mês, sendo a mais icónica das plataformas de partilha de imagens.

José Miguel e Ana Gil são dois entusiastas portugueses do Instagram e também marcaram presença no workshop. Para José, autor do perfil Voodoolx, com a aplicação “a fotografia deixou de ser tão solitária”, como explicou na sua intervenção, esclarecendo que o feedback quase imediato que as imagens recebem são um motivador enorme.

O smartphone dá a possibilidade de fazer ‘on the fly’ todo um processo que antes seria bastante mais demorado - captar a imagem, fazer a edição e publicar na internet, tudo no mesmo aparelho, acrescentou.

Ana Gil (ana_gil_), adepta das imagens minimalistas e administradora do #rsa_minimal, fala ainda em outras valias. “Conhecer pessoas. Sabes quando num grupo de amigos ficas para trás porque queres tirar uma foto? Aqui nunca ficas para trás”, explica.

Ok. Tenho uma conta no Instagram. E agora?

O Instagram não tem regras (no âmbito da criatividade) e muito menos uma fórmula especial. Conselhos? “Que se divirta. Que olhe, que observe as fotografias dos outros e que veja que muitas das fotos que vê no Instagram, também as pode fazer. Ao fazer fotos parecidas com as que vê por lá, vai-se introduzindo pouco a pouco, as pessoas vão motivando [com a interação] e as coisas vão acontecendo”, indica Nicanor.

Existem no entanto, dois elementos cruciais, a ter em conta na hora de captar uma imagem: luz e enquadramento. Conforme demonstrado na galeria acima, com exemplos de imagens dos três entrevistados, estes dois fatores são muito importantes num primeiro momento, o da captação da fotografia.

Este momento quer-se desimpedido, explicou o espanhol. Nada de filtros, é preferível tirar uma imagem ‘ao natural’ e fazer edições depois.

Num segundo momento pode-se tomar controlo da geometria, da luz, da cor e até do enquadramento, existindo para esse efeito um sem número de aplicações que podem ajudar, como o VSCO Cam que disponibiliza dezenas de filtros (Android e iOS), Snapseed (Android eiOS) ou SKRWT (iOS), que oferecem opções para corrigir enquadramento.

Falando dos filtros, esse tabu, a sua utilização é recomendada, embora de forma comedida. Devem ser utilizados fazendo jus à mensagem que se quer passar com a imagem. Cada imagem deve contar uma história, servindo a legenda como um importante apoio nessa tarefa.

De resto, a liberdade é total. Cada instagrammer tem carta-branca para procurar a sua identidade fotográfica, gerindo a forma como transporta a sua visão das coisas para a grelha de Instagram sem preocupações.

Diz-se por aí que a máquina não faz o fotógrafo e Nicanor concorda totalmente. Há que saber “tirar o máximo partido da máquina que se tem”. No final, o que conta é a vontade e a dedicação, e a certeza de que tudo é uma tela, passível de ser 'pintada' de novo num quadrilátero regular.

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