Com Caixa Change, é possível fazer pagamentos sem tocar em notas e moedas. No segundo semestre de 2015, o QR code faz toda a diferença.
Caixa Change: o nome nada diz à maioria dos portugueses, mas na sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa, há pelo menos 300 pessoas que mudaram de hábitos na hora de pagar um produto comprado no refeitório ou numa das máquinas automáticas dispersas pelo edifício: de telemóvel na mão, os pioneiros do Caixa Change já podem efetuar todas as transações necessárias – sem tocar em moedas ou notas. No segundo semestre de 2015, o serviço sairá da sede da CGD para partir à conquista do mercado português.
O Caixa Change é gratuito e apenas pressupõe a instalação de um app num smartphone, e a associação entre uma conta de um cartão bancário e o telemóvel de um consumidor. Para já, a associação entre telemóvel e conta bancária está limitada às caixas automáticas da própria CGD.
O Caixa Change dispõe de dois modos de pagamento – e ambos têm sempre o código QR como elemento identificativo. Quem quiser comprar um bem num dispensador automático (as denominadas vending machines, que vendem chocolates, sandes, sumos, etc.) apenas terá de captar com a câmara do telemóvel o código QR que deverá estar colocado no local. De seguida, a app do Caixa Change entrará em ação no telemóvel do utilizador e deixará escolher qual o produto a comprar na máquina que foi identificada previamente pelo código QR. A informação é enviada pela Internet e encaminhada para a vending machine (o serviço pressupõe a instalação de uma placa de acesso à Net) que fica assim em condições de executar o pedido.
Nas lojas que têm caixas registadoras operadas por humanos o processo é similar: o QR code é usado para identificar a loja e o utilizador recebe uma mensagem a solicitar a confirmação de pagamento, depois de quem está atrás da caixa registadora digitar a conta final que deve ser paga.
A CGD não vai cobrar qualquer valor aos consumidores que aderirem ao serviço, mas pretende cobrar uma taxa aos comerciantes e cadeias de vending machines que quiserem ter este serviço. A CGD acredita que o serviço poderá servir de alternativa menos onerosa a outras redes de pagamentos (Multibanco, cartões de crédito) que os comerciantes atualmente suportam.
Na CGD, há a expectativa de que o mercado nacional adira a este serviço desenhado especificamente para os pagamentos de baixo custo. Os números obtidos pelos profissionais da sede em Lisboa são, para já, a principal referência: entre dezembro e hoje, 300 profissionais da CGD aderiram ao serviço; oito caixas registadoras e 50 dispensadores automáticos dispersos pelo edifício estão aptos a efetuar pagamentos com o Caixa Change; foram processadas 6000 transações.
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