terça-feira, 28 de outubro de 2014

Retalhistas nos EUA começam a bloquear o Apple Pay



O Apple Pay foi uma das últimas novidades que a Apple apresentou. Este sistema de pagamentos promete simplificar a vida a todos os que o usem, garantindo que todas as compras são feitas de forma segura e sempre controladas por um iPhone ou um iPad.

Se a aceitação do público parece ser total, muito graças à utilização de um equipamento que muitos possuem e que está pronto a fazer esses pagamentos, começa a surgir agora uma resistência por parte de muitas marcas e superfícies comerciais, havendo muitos retalhistas que o começaram a bloquear.







A forma de bloqueio que estas marcas estão a adoptar é muito simples e consegue desactivar de forma permanente os pagamentos dos iPhones nos novos terminais.

A forma encontrada foi através do simples recurso ao desligar do NFC nesses novos terminais de pagamentos, o que impede assim a comunicação entre os dispositivos Apple e os terminais.

Este bloqueio não é anormal e tem uma razão muito simples. Estas marcas pretendem lançar o seu sistema alternativo de pagamento e por isso pretendem que os pagamentos do Apple Pay não sejam disponibilizados, levando os consumidores a abandoná-lo e a adoptar o seu, quando este for lançado.

Para já, e de acordo com o site TheVerge, são várias as marcas que adoptaram este bloqueio e que estão a impedir os pagamentos via Apple Pay. Não são marcas com pouca adesão, e que vão conseguir colocar alguns entraves à disseminação do sistema de pagamentos da Apple.

A lista de marcas que está a bloquear o Apple Pay é para já a seguinte: Wal-Mart, Best Buy, Rite Aid e CVS.

Se esta atitude parece contraditória ao que o mercado está a adoptar, faz sentido se o sistema a ser apresentado estivesse a chegar.

Este novo sistema, que se chama CurrentC, está a ser implementado desde 2012 e resulta de um consórcio de várias marcas para implementar um sistema que conseguisse contornar as taxas que existem para os pagamentos móveis.

Não se espera que o CurrentC chegue ao público antes do próximo ano e este assenta numa tecnologia um pouco mais ultrapassada do que aquela que o Apple Pay usa.



É através da leitura de um código QR que o CurrentC comunica com a aplicação que é usada para realizar os pagamentos, que são debitados directamente na conta do consumidor.

Estes bloqueios à utilização do Apple Pay não são exclusivos dos Estados Unidos e foram também implementados noutros países, normalmente associados a marcas que estão a tentar implementar os seus próprios sistemas.

Esta nova área de investimentos é muito apelativa para um grande leque interessados, desde a banca até aos fabricantes de equipamentos, passando também pelas próprias operadoras.

Todos querem obter algum lucro com estes pagamentos e por isso esta guerra está apenas a iniciar-se. O utilizador deverá ter de instalar aplicações diferentes para cada tipo de pagamento, o que não é de todo desejado.

Resta saber se a Apple se limitará a ver este tipo de bloqueios ou se avançará com acordos que vão além da banca e dos sistemas de pagamentos, alargando a sua área de influência às próprias marcas e até aos retalhistas.

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