Dragon Ball Z: Battle of Z é o mais novo game da famosa saga em desenho animado japonês para Xbox 360 e PS3. O jogo de luta vem para possivelment na PS4 e Xbox One com outro título qualquer. Mas, será que ele encerra a carreira nas consolas com chave de ouro? Leia nossa análise completa:
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
A volta dos que não foram
Dragon Ball Z: Battle of Z tinha tudo para ser um dos grandes jogos de luta do final desta geração. Com um elenco de 70 personagens, o jogo prometia trazer heróis e vilões inéditos e o retorno de muitos outros lutadores. O problema é que não há bem um “retorno”, já que a grande parte dos personagens já existem em outros games da série, sem muita novidade.
As poucas adições totalmente inéditas, que nem mesmo são retornos, claro, incluem personagens do filme recente, Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses, como Bills ou Whis. De resto, o elenco de Battle of Z poderia ter sido muito melhor, mas acabou por escolher algumas opções óbvias até demais e deixar muitos importantes de fora.
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
Também não há uma história, ou ao menos uma que justifique o jogo novo. Na verdade o jogo novamente segue a saga do anime, passando pelas fases dos Saiyajin, Namekusei, Cell, Majin Boo e também o filme já citado. Ainda que seja tudo apresentado de forma meio resumida, é complicado jogar por estas sagas a milésima vez.
Apesar destas reclamações, o jogo é ao menos rápido em contar toda essa história, de forma bem dinâmica mesmo, onde não precisamos encarar horas e mais horas de diálogos intermináveis. Tudo é ágil, o que é uma boa notícia para aqueles que já sabem de forma decorada toda a saga de Dragon Ball Z.
Muitos golpes, pouca inteligência
Dragon Ball Z: Battle of Z é um game com lutas épicas, da mesma forma que ocorre no desenho, mas enquanto temos um jogo com muitos golpes, temos uma jogabilidade geral que não é tão boa assim, a começar pela inteligência artificial dos personagens controlados pelo computador, principalmente os aliados.
Explicamos: no jogo é possível realizar batalhas em grupo, com até quatro personagens de cada lado do embate. Você controla apenas um enquanto o restante fica a cargo do computador. Os personagens possuem “papéis” certos durante os combates, isto é, estilos de luta que vão desempenhar: alguns são e suporte, outros batem melhor de perto, enquanto outros ainda são experts em combate à distância.
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
A partir daí, imagine precisar de uma cura no campo de batalha e o seu aliado, controlado pelo computador, simplesmente te ignora e não faz nada a respeito. Não há um botão para pedir ajuda ou algo similar, então só lhe resta lamentar mais uma morte ou tentar se virar como puder. Ao menos o modo cooperativo corrige isso um pouco, já que jogar com outras pessoas é uma experiência bem diferente e mais gratificante do que com computadores não tão bem programados assim.
Vale lembrar que há multiplayer cooperativo e competitivo, onde duas equipas de jogadores podem se enfrentar. Apesar de ter apenas quatro modos sem muita variedade, o multiplayer competitivo é bem divertido e acompanhar uma batalha entre oito usuários é algo digno de nota (raios voam para todos os lados, como no desenho).
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
A jogabilidade pouco ajuda em alguns casos. Apesar de ter muitos golpes e com muitas possíveis sequências, simplesmente não há um sistema de combos, algo quase inaceitável em um jogo de luta, principalmente de Dragon Ball Z. Você pode combinar alguns golpes simples, mas não encaixá-los em muitos hits. Além disso, não é possível utilizar manobras mais complexas, como a defesa de uma saraivada de golpes do adversário e nem mesmo a combinação de um golpe simples com um especial devastador. Estranho, no mínimo.
Sistema de cartas
Para variar um pouco as coisas, há um sistema de cartas presente no jogo. De acordo com a história que você seguir, pode conseguir obter cards para serem encaixados nas fichas dos personagens e assim melhorar um pouco seus golpes, características e outros pontos menos importantes.
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
O sistema é interessante e realmente diferencia Battle of Z de outros games da série. Há uma infinidade de cartas a serem desbloqueadas e todas elas possuem efeitos diferentes. Não há exatamente um limite sobre quanto pode usá-las nos personagens, então quanto mais colocar, mais poderoso e “apelão” seu herói ou vilão vai ser. Algo muito divertido, em se tratando de um jogo onde os lutadores são quase deuses invencíveis.
Gráficos com cara de dragão
Apesar de ser, no geral, bonito, Dragon Ball Z: Battle of Z não é o game mais bonito da série, algo inexplicável, já que estamos falando e um jogo de final de geração, que deveria superar, e muito, seus antecessores. Os personagens estão até bonitos, mas suas animações deixam a desejar, um pouco duros demais para um game que deveria ser ágil.
Dragon Ball Z: Battle of Z (Foto: Divulgação)
Além disso, os cenários também parecem pouco inspirados, com paisagens muito similares entre si e com pouca interação para os jogadores. Alguns objetos são destrutíveis, mas outros, mais óbvios, não. Curioso notar ainda que a escolha de design da produtora optou por inserir cenários gigantescos, mas com muita limitação de movimento – as famosas paredes invisíveis.
Conclusão
Dragon Ball Z: Battle of Z pode ser divertido para alguns fãs, mas somente para aqueles que curtem muito o anime original. Há falhas durante o jogo quando aproveitamos o modo de história ao lado de personagens controlados pelo computador, a inteligência artificial é simplesmente ruim. Porém, ao jogarmos com outros usuários, no modo cooperativo, tudo melhora consideravelmente – isso sem falar no multiplayer competitivo, que também é legal. Mas, no geral o jogo deixa a desejar por ter um potencial desperdiçado ao encerrar a geração com chave de ouro para os fãs de DBZ.
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