terça-feira, 29 de abril de 2014

Nokia nomeia Rajeev Suri como CEO, os números antes e após negócio com Microsoft


A empresa finlandesa escolheu um homem "da casa" para liderar a marca. Depois da venda da unidade de telemóveis, a Nokia quer destacar-se nas redes "wireless". A Nokia escolheu Rajeev Suri  para novo presidente executivo. O anúncio foi feito pela marca esta terça-feira, 29 de Abril, e o novo responsável entrará em funções a partir da próxima quinta-feira, 1 de Maio. Rajeev Suri, de 46 anos, é um homem "da casa". Está há cerca de 20 anos nos quadros da marca finlandesa e desde 2009 lidera a unidade de redes. Antes de 2009 passou pelas áreas de marketing, estratégia, fusões e aquisições e vendas. Para o analista do Pohjola Bank, Hannu Rauhala, Rajeev Suri é uma "escolha forte". Citado pela Bloomberg, Rauhala acredita que "a indústria vai passar por uma grande mudança" e que "Suri tem muito trabalho pela frente". O ainda presidente executivo da Nokia, Stephen Elop, vai regressar à Microsoft, segundo a Bloomberg. A Microsoft concluiu na passada sexta-feira, 25 de Abril, a compra da unidade móvel da Nokia por 7,2 mil milhões de dólares (cerca de 5,2 mil milhões de euros). 

 Nokia regressa aos lucros no primeiro trimestre de 2014

A Nokia anunciou o regresso aos lucros nos primeiros três meses de 2014. O resultado positivo de 108 milhões de euros segue-se a um prejuízo de 98 milhões de euros registado no período homólogo. Os dados, que excluem a unidade adquirida pela norte-americana Microsoft, mostram também uma quebra das receitas de 15% para 2,66 mil milhões de euros. Um valor abaixo das estimativas dos analistas, que previam receitas de 2,85 mil milhões de euros. A marca finlandesa anunciou o pagamento de 800 milhões de euros relativos aos dividendos de 2013 e de 2014 até ao final deste ano e um dividendo extraordinário de mil milhões de euros (26 cêntimos por acção) no início de Julho de 2014. A Nokia pretende comprar 1,25 mil milhões de euros em acções próprias nos próximos dois anos.


 O futuro da Nokia sem telemóveis 

A empresa, criada em 1865, ficou reduzida a três unidades de negócio: redes, mapas e licenciamento de patentes. O novo responsável da Nokia, Rajeev Suri, já admitiu a possibilidade de fazer "pequenas aquisições", para complementar a oferta de produtos da marca da cidade de Espoo. Para o analista do Nordea Bank, Sami Sarkamies, a presença da Nokia no negócio das redes "é para continuar, embora tenha de trabalhar para fazer pequenas aquisições e parcerias" com outras empresas, referiu, citado pela Bloomberg. Os títulos da Nokia estão a valorizar 6,71% para 5,485 euros.

Sem comentários:

Enviar um comentário