Os smartphones estão cada vez mais robustos, com hardwares que se equivalem e, às vezes, até superam as configurações de computadores lançados há alguns anos.
Alguns telemóveis Android já vêm até com 3 GB de memória RAM e processadores de quatro núcleos. Todavia, este exagero nas especificações parece não ser importante para o sistema operacional da Microsoft.
A maior parte dos smartphones que rodam o Windows Phone 8.1 traz apenas 512 MB de memória RAM e processadores modestos. O mais incrível, contudo, é que esses gadgets apresentam desempenho satisfatório.
Com essas diferenças significativas, é comum que muitas pessoas tenham dúvidas sobre quais são as características do sistema da Microsoft que possibilitam os bons resultados em telemóveis que dificilmente estariam aptos a rodar o software da Google. Para esclarecer essa questão, vamos falar sobre as qualidades que fazem o Windows Phone ser tão leve e eficiente.
Focando no mais simples
Poderíamos responder a essa questão com um simples: “é tudo por conta da programação bem trabalhada do sistema”. Todavia, é claro que isso abriria margem para questionamentos sobre a qualidade de código no software da Google.
Ocorre que os três principais sistemas para telemóveis são muito bem programados e rodam em aparelhos com configurações modestas de hardware. Felizmente, não é preciso muita pesquisa para saber o que faz o Windows Phone e seus apps rodarem tão bem em qualquer aparelho, seja ele um Lumia 520 ou um Lumia 930.
(Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
A própria Microsoft revelou recentemente que seu produto é voltado desde a concepção para hardwares mais simples. Os desenvolvedores do sistema são obrigados a usar celulares básicos (tanto nos testes quanto no dia a dia) para se esforçarem a criar um sistema que funcione perfeitamente em qualquer situação e aparelho.
A dona do sistema comenta que é mais fácil criar algo funcional para produtos mais simples e depois levar o software para os smartphones mais robustos, pois dessa forma é mais fácil do que tentar o caminho inverso (tentando transportar um sistema cheio de entulhos para celulares que não têm tantas capacidades).
Além disso, a Microsoft também informou que ela sempre priorizou a experiência satisfatória acima de tudo, sendo que é preciso pensar nos usuários que possuem gadgets mais simples, visto que eles fazem parte do todo e vão buscar um software que seja rápido e agradável.
Poucos efeitos, bons resultados
É claro que a eficiência do Windows Phone 8 (e do 8.1) está relacionada diretamente aos recursos que o sistema oferece e utiliza. Além de ser um sistema projetado para poupar recursos e se adaptar ao hardware com que trabalha, o software da Microsoft é feito para funcionar bem ser ter muitos efeitos visuais.
O resultado é notável no design geral do produto. De fato, o Windows Phone não tem tantos filtros e retoques na aparência, oferecendo uma experiência simples e agradável. As próprias tiles são bem cruas, com ícones simplificados e poucas cores.
(Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)
Não vamos nem entrar no mérito de bonito ou feio, pois isso depende de quem está opinando. A verdade é que o WP8 tem um visual moderno que economiza recursos. Ele tem identidade própria e puxa para os traços de design que são usados no sistema de computador.
Com poucas cores, animações, efeitos de transparência e elementos simples, o sistema consegue economizar memória RAM e poupar o processador. Os widgets focados na funcionalidade também ajudam nesse sentido. Os apps que puxam para o visual-padrão do Windows Phone são ideais para garantir o alto desempenho acima de tudo.
Além de tudo isso, ainda temos que pensar na questão dos recursos que são usados em segundo plano. O Windows Phone não é programado para manter muitas inutilidades em execução quando não há necessidade. Dessa forma, o software consegue focar naquilo que o usuário está utilizando e evitar desperdício de performance. Bom para o usuário, que ganha na experiência e no tempo de bateria.
Apps e jogos compatíveis
Vale ressaltar que mesmo com os mais recentes lançamentos da Nokia, a Microsoft não estragou o sistema com recursos inúteis pensando exclusivamente nos gadgets que vêm com 1 ou 2 GB de memória RAM. Talvez, essa capacidade de focar sempre no consumidor (que em sua maioria tem aparelhos simples) é o que está fazendo o sistema ganhar tantos adeptos.
(Fonte da imagem: Reprodução/All About Windows Phone)
O melhor de tudo é saber que mesmo ao usar diversos apps e rodar muitos games, o sistema não exige um aparelho robusto. De acordo com as estatísticas publicadas no site All About Windows Phone, 99,6% são compatíveis com smartphones que trazem 512 MB de memória RAM.
Aliás, mesmo que você tenha um telemóvel com apenas 256 MB de memória RAM, pode ter a certeza de que a grande maioria dos apps e jogos ainda vai funcionar. As estatísticas mostram que 98,4% dos programas rodam nesses aparelhos.
Claro, quando tratamos de jogos mais recentes como O Espetacular Homem-Aranha, FIFA 13, N.O.V.A. 3, Tiger Woods 12 e Mass Effect: Infiltrator não são compatíveis com esses aparelhos modestos, visto que as desenvolvedoras restringem a execução aos produtos mais robustos para garantir melhores gráficos.
Adicionando recursos sem perder no desempenho
Mesmo com a atualização mais recente do sistema, a Microsoft não precisou alterar os requerimentos de hardware, garantindo que todo mundo possa aproveitar suas novidades — todos os aparelhos com o WP8 são compatíveis com a nova versão. O Windows Phone 8.1 traz assistente de voz, centro de notificações, personalização da tela inicial e outras melhorias, o sistema não ficou tão pesado e pode oferecer uma ótima experiência.
(Fonte da imagem: Divulgação/Windows Phone)
As novidades do sistema causam algum impacto no desempenho, mas tudo foi pensando para poupar recursos e manter o usuário com as atualizações mais recentes. Com isso, a Microsoft provou que está brigando sério e que pretende roubar uma boa fatia de usuários da Google e da Apple.
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