quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Hospital de Guimarães implanta chip de monitorização cardíaca por telemóvel

O Centro Hospitalar do Alto Ave foi responsável pela primeira intervenção cirúrgica que promete dar início a uma nova era do diagnóstico cardíaco. O projeto promete mais informação para os médicos e mais conforto para os pacientes.

Joaquim Cunha Carvalho foi o primeiro paciente a ser operado em Portugal e a receber um novo implante que monitoriza a atividade cardíaca. Por outras palavras, o paciente vai ter a partir de agora um eletrocardiograma permanente com uma duração prevista de três anos.

A cirurgia foi executada pelo Centro Hospitalar do Alto Ave que diz ter iniciado "uma nova era no diagnóstico cardíaco", em conjunto com o Centro Hospitalar do Porto e com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra que também vão implementar este sistema de monitorização de arritmias.

Os pacientes que forem submetidos a este sistema de controlo vão ter em casa um dispositivo que comunica com o chip implantado através de comunicação wireless, armazenando os dados. O hospital e os médicos podem depois aceder aos dados através de um sistema de comunicação GSM (2G). 



Os responsáveis pelo paciente podem depois através da Internet aceder aos registos do doente e descobrir, por exemplo, porque é que o paciente desmaiou. Este sistema de monitorização cardíaca destina-se para já aos doentes com síncope, uma condição caracterizada por "uma perda de consciência resultante de uma diminuição da circulação sanguínea cerebral global e transitória", explica em comunicado os centros hospitalares, e aos doentes com palpitações. 

De acordo com um dos responsáveis médicos do Centro Hospitalar do Alto Ave, a intervenção cirúrgica é rápida, de baixo grau de dificuldade de executar e é "muito útil porque permite ter informação detalhada sobre a condição do doente", explicou em declarações à imprensa. O chip de pequenas dimensões é administrado através de injeção e permite que o doente tenha alta no próprio dia. 

                                                               

A operação feita em Guimarães é mais um exemplo de como as novas tecnologias podem ajudar a medicina. Ontem, 12 de fevereiro,deu a conhecer uns óculos inteligentes desenvolvidos nos EUA que permitem ao médico ver durante a operação em "direto" quais as células cancerígenas e quais as saudáveis

No final do ano passado o hospital CUF em Lisboa também tinha recebido as primeiras operações feitas em Portugal com recurso aos Google Glass, sendo esta experiência mais virada para a parte didática do que para a parte prática da intervenção. 

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