Décadas atrás, imaginar a existência de um carro com airbags, sistemas de facilitação para as balizas ou navegadores GPS era algo muito complicado. Mas a verdade é que a tecnologia avançou muito e permitiu isso — e muito mais — para os consumidores de todo o mundo. Até mesmo os sensores de estacionamento podem ser citados na lista de avanços tecnológicos no mundo automóvel.
Mas já deve saber que ainda estamos muito longe de encontrar o topo desse mercado. Afinal de contas, desenvolvedores e pesquisadores de todo o mundo estão sempre buscando atribuir novidades aos veículos que vão colocar no mercado. E quais seriam os recursos a serem instalados nos automóveis? São diversas as possibilidades, por isso vamos limitar nossa análise ao final desta década.
Faltam apenas seis anos para que cheguemos a 2020, mas a verdade é que os automóveis podem avançar muito nos próximos meses, uma vez que as tecnologias que podem ser utilizadas neles vêm evoluindo bastante nos últimos tempos. Quer saber do que estamos falando? Então fique atento neste artigo e saiba tudo o que pode chegar aos carros até o final da década.
Nunca tire os olhos da pista
Esqueça o que conhece sobre computadores de bordo. não vai mais precisar ficar teclando em pequenas centrais de controle e nem mesmo terá que usar interfaces sensíveis ao toque. O motivo para isso está na implementação de sistemas de reconhecimento de voz no interior dos veículos, sendo parte integrante dos computadores de bordo. O Departamento de Transportes dos Estados Unidos já estuda como regular isso há algum tempo.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Isso deve garantir que os motoristas continuem dirigindo sem qualquer interferência visual, mesmo quando quiserem trocar as músicas que são reproduzidas nos sistemas de áudio. O mesmo deve valer para a ativação de luzes, aumento ou diminuição de diversos recursos presentes nos automóveis. Em resumo, bastará ordenar ao computador de bordo e esperar alguns segundos até a execução.
Além disso, também não será mais necessário tirar os olhos da pista para verificar quais são os caminhos corretos nos navegadores de GPS e nem mesmo nos indicadores para saber a velocidade que está sendo desenvolvida. Tudo isso poderá ser mostrado nos próprios vidros de para-brisas, graças aos sistemas HUD, que podem revolucionar o que já conhecemos sobre a indústria automóvel.
Direção assistida
Dirigir um carro nunca mais será a mesma coisa. Esqueça os problemas em estacionar por causa de vagas apertadas. Esqueça o medo de atingir algum pedestre em vias escuras. Muito do que temos hoje será melhorado pelos dispositivos avançados de direção assistida, que devem garantir muito mais segurança para os motoristas — resultando em muito menos preocupação.
Um dos principais sistemas que podem ser evoluídos nos próximos anos é o de carros que se autoguiam — a Nissan e a Mercedes-Benz já teriam informado que 2020 deve ser o ano em que os primeiros veículos desse tipo vão chegar ao mercado internacional. Algo mais próximo da realidade é o piloto automático — um sistema que pode manter velocidades constantes sem a necessidade de o motorista pisar no acelerador — adaptativo.
A diferença entre esse sistema e os existentes hoje é a adaptação automática ao tráfego. Hoje, os carros apenas mantêm velocidades constantes. Caso o carro da frente pare sem avisar, há riscos de ocorrer um acidente. Com o modo adaptativo, sensores podem reconhecer a diminuição de velocidade do veículo que está à frente para fazer com que o carro também seja desacelerado — evitando colisões.
(Fonte da imagem: Reprodução/MatadorNetwork)
Mais do que isso, há grandes chances de que as montadoras acoplem câmeras e sensores ao redor dos carros — não as limitando à parte traseira deles. Com isso, os motoristas podem ter certeza de que não há nenhuma ameaça quando precisarem trocar de faixa ou fazer ultrapassagens — algo que não acontece apenas com os espelhos, devido à existência de “pontos cegos”.
Outra tecnologia muito interessante que vem sendo pesquisada é a utilização de câmeras com sensibilidade ao escuro. Com elas, os motoristas poderiam ter certeza de que não há nenhum pedestre atravessando as ruas com baixa luminosidade, o que seria vital para evitar uma grande quantidade de acidentes que acontecem em todo o planeta.
Automóveis “verdes”
Existe um assunto que leva empresários à calvície e os donos de automóveis ao vermelho no orçamento: produção de energia. Enquanto os primeiros se veem envoltos na — belíssima e importante — cultura da sustentabilidade, tendo que modificar estruturas de produção para evitar impactos ambientais, os segundos precisam de modos económicos de abastecimento.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tesla Motors)
Aqui neste artigo, vamos focar no segundo exemplo, pois estamos falando justamente da produção de energia para a movimentação dos veículos. A energia da grande maioria dos carros é gerada pela combustão da gasolina, álcool ou diesel, o que resulta em poluição e geração de calor. Mas já há várias empresas que trabalham com motores elétricos nos veículos.
Esse tipo de tecnologia garante menor impacto ambiental direto, além de ser mais silencioso. Com a utilização de motores híbridos, é possível até mesmo ampliar — e muito — a autonomia dos carros. Um ótimo exemplo disso é o Volkswagen XL1, que promete mais de 80 quilómetros para cada litro, graças à compensação inteligente de combustíveis e eletricidade.
Mais do que motores
É claro que a “tecnologia verde” dos carros vai muito além dos motores. Alguns veículos já começaram a ser construídos com faróis mais econômicos do que os padronizados. Em vez de lâmpadas quentes, são utilizados painéis de LED que podem oferecer mais luminosidade ao mesmo tempo em que gastam menos energia elétrica — além de ter a produção limpa, com menos impacto ambiental.
Mais do que isso, é possível que no futuro as empresas comecem a investir em pequenos painéis OLED no lugar de faróis. Já há conceitos que utilizam esse tipo de material, fazendo com que os “piscas” e “alertas” sejam trocados por imagens mais coloridas e brilhantes. A sustentabilidade também pode ser vista na produção dos equipamentos internos, como o Ford Energi SE, que pode receber materiais recicláveis.
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É claro que todos os recursos mostrados neste artigo devem demorar para chegar em um único veículo. É preciso ter em mente que eles devem surgir em automóveis mais luxuosos e demorar pouco mais do que uma década para que possam ser vistos em carros populares. Mesmo assim, é interessante ver que a tecnologia não para de avançar na indústria, o que pode nos levar a novos patamares em breve.
O mais interessante é perceber que boa parte disso está sendo feito com consequências muito boas: menor consumo de energia, menor impacto ambiental e menores riscos de acidentes para os motoristas e para quem está em volta.
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