Se anda um pouco mais atento com a web e costuma fazer compras na internet, já deve ter ouvido falar na Bitcoin, que, grosso modo, pode ser definida como a moeda corrente no mundo virtual – tendo a vantagem de não passar por bancos e poder ser trocada sem intermediários.
Muitos de nós sequer chegam a ter contato com esse “dinheiro“ e para a maioria das pessoas ele é usado como forma alternativa de monetização. Contudo, há quem tenha adotado essa moeda como forma de se sustentar.
Esse é o caso de Jesse Angle, um sem-abrigo que vive entre igrejas, abrigos e edifícios de Pensacola, uma cidade da Flórida, nos EUA. Todos os dias, o homem de 42 anos acorda e, após procurar algo para comer, segue até a praça Martin Luther King, no centro do município.
Angle caçando o dinheiro virtual em seu notebook. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
Lá, ele abre seu laptop e se conecta a rede WiFi gratuita disponível para os transeuntes. Em seguida, começa a assistir vídeos do YouTube em troca de bitcoins. A cada gravação reproduzida, Angle é recompensado com 0,0004 bitcoins – equivalente a 5 centavos de dólar.
Isso é possível graças a um serviço, também gratuito, chamado BitcoinGet. O sem-teto, assim como qualquer outra pessoa que tenha conta nesse site, pode ver até 12 vídeos por dia – ou seja, 60 centavos.
Jesse ainda reforça o seu ganho diário com o app Bitcoin Tapper, disponível para Android, que chega a render até 0,000133 bitcoins (quase US$ 2) todos os dias. Além disso, ao realizar “ Biscate“ para os demais habitantes de Pensacola, ele pede para que seja pago com a moeda da internet.
O sem-abrigo troca as bitcoins por cupons que valem comida. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
E é assim que Angle consegue se alimentar minimamente sem precisar ficar pedindo esmolas. Nos últimos três meses, desde que criou a sua “carteira virtual”, o desabrigado angariou de US$ 500 a US$ 630
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