segunda-feira, 23 de setembro de 2013

No fim de semana desportivo em que a policia teve trabalho

 Jesus foi constituído arguido
TERMO DE IDENTIDADE E RESIDÊNCIA

             Jesus foi "identificado e constituído arguido" por causa do incidente no jogo com o V. Guimarães. A confirmação foi dada por Carla Duarte, subcomissária da PSP, à TSF. 

A Rádio Renascença garante que foi aplicado ao treinador do Benfica termo de identidade e residência.

Em que consiste o termo de identidade e residência (TIR)?

É a menos grave das medidas de coacção podendo ser aplicada pelo juiz, pelo Ministério Público e pelas polícias.

É de aplicação obrigatória, sempre que alguém for constituído como arguido, e consiste, para além da identificação do arguido e da indicação da sua residência, em o arguido ficar obrigado a comparecer perante as autoridades sempre que a lei o obrigar ou para tal for notificado; o arguido fica igualmente obrigado a não mudar de residência nem dela se ausentar por mais de cinco dias sem comunicar a nova residência ou o lugar onde possa ser encontrado.

Certos efeitos processuais – como considerar-se validamente notificado com o envio de notificação postal simples para a residência declarada – decorrem, desde que o arguido tenha prestado TIR, ainda que não seja pessoalmente notificado.

Artigo 58.º - Constituição de arguido - Código Processo Penal

(...)
"2 - A constituição de arguido opera-se através da comunicação, oral ou por escrito, feita ao visado por uma autoridade judiciária ou um órgão de polícia criminal, de que a partir desse momento aquele deve considerar-se arguido num processo penal e da indicação e, se necessário, explicação dos direitos e deveres processuais referidos no artigo 61.º que por essa razão passam a caber-lhe.

3 - A constituição de arguido feita por órgão de polícia criminal é comunicada à autoridade judiciária no prazo de 10 dias e por esta apreciada, em ordem à sua validação, no prazo de 10 dias".



Termo de identidade e residência foi aplicado mas não deverá ser obstáculo para a deslocação a Paris, na segunda jornada da Champions.

Jorge Jesus foi constituído arguido na sequência do comportamento que teve para com a polícia no final do V. Guimarães-Benfica. Ao técnico dos encarnados foi aplicado o termo de identidade e residência, medida considerada normal nestes casos.

Recorde-se que após o apito final de Bruno Esteves, depois de uma difícil vitória das águias no Afonso Henriques, por 1-0, alguns adeptos entraram no relvado para pedirem camisolas aos jogadores, gerando-se uma grande confusão com polícias e assistentes de recinto desportivo. Jorge Jesus também se envolveu, na tentativa de evitar a detenção de um adepto, acabando por protagonizar cenas insólitas.

Depois, no interior do estádio vitoriano, a PSP procedeu à identificação do treinador, daí a demora na partida do autocarro encarnado rumo a Lisboa - deixou o recinto cerca de duas horas após o fim do jogo.

O processo deverá agora seguir o trâmite normal, com o Ministério Público a ter dez dias para validar ou não a decisão da PSP. Fonte da força de segurança disse a O JOGO que o processo deverá ter um desenvolvimento rápido e que não porá em causa, por exemplo, a deslocação de Jesus a Paris, para o jogo com o PSG da segunda jornada da Liga dos Campeões, a 2 de outubro. Caso não houvesse uma decisão a tempo dessa viagem, e caso assim solicitasse, Jorge Jesus poderia ser autorizado a efetuar a deslocação com a equipa.



 Do Benfica:
Comunicado:


A noite deste domingo e a manhã desta segunda-feira trouxeram uma visão clara da hipocrisia que varre alguns meios de comunicação deste País, nomeadamente daqueles que continuam a dar suporte ao “sistema”. No último jogo do Campeonato da época passada não vimos o Jornal de Notícias trazer à capa que o primeiro golo do jogo do título foi conseguido num penálti cuja falta tinha sido cometida fora da área. Nem vimos, já esta época, o Jornal de Notícias noticiar que o golo de Jackson Martinez contra o Paços de Ferreira foi precedido de uma falta clara.

Também poderia o Jornal de Notícias, já que tanta importância dá a erros de arbitragem, trazer na sua capa desta segunda-feira que ficou um penálti por assinalar a favor do Sport Lisboa e Benfica em Guimarães e que há um fora-de-jogo mal assinalado, quando Enzo Perez ficava isolado em posição frontal à baliza de Douglas.

Também o jornal O Jogo, na sua edição desta segunda-feira, começa a querer substituir-se às instâncias desportivas do País condenando Jorge Jesus por factos que carecem de apuramento.

Curioso que aqueles que mais querem “puxar” pelo comportamento de Jorge Jesus, este domingo em Guimarães, são os mesmos que sistematicamente ignoram as agressões e ameaças a jornalistas e jogadores que se passam nalguns campos deste País. A falta de imagens não iliba ninguém, mas a cobardia de calar diz muito do carácter desses jornais e jornalistas.

Curioso, ainda, que o treinador que este domingo apareceu a queixar-se de um penálti fora da área e das declarações de um colega que “supostamente” teriam condicionado vários jogos, é o mesmo treinador que o ano passado, no jogo que encerrou a época anterior, não abriu a boca num jogo em que a arbitragem mais desequilibrou, nem falou do condicionamento e das ameaças a que os jogadores da sua ex-equipa foram sujeitos antes desse jogo.

Resta-nos assinalar que Paulo Fonseca deve ter mudado de oftalmologista neste defeso, o que não viu no ano passado já consegue ver este ano. É sempre uma evolução.

Mais ainda, esqueceu-se Paulo Fonseca, agora em relação ao jogo deste domingo, de comentar uma expulsão que ficou por assinalar de um seu jogador, e da linha de fora-de-jogo mal colocada no segundo golo do Estoril em que o realizador da Sport TV se esqueceu de ver a colocação de Mangala.

Se a Sport TV puder, em próximos jogos, deslocar mais meios técnicos que permitam não esquecer a posição de nenhum jogador antes de colocar a linha de fora de jogo e poder filmar ou relatar o que se passa no camarote presidencial, o público agradece. Aguardamos também por informações futuras desse Administrador cujas notícias referem ter agredido o presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Curioso que o jornal O Jogo que tão célere foi a consultar um especialista em Direito Desportivo para enquadrar as possíveis sanções em que Jesus pode incorrer, não fez o mesmo em relação às sanções em que este Administrador pode incorrer. Distracção ou esquecimento?

Porto:
Estoril vs FC Porto (LUSA)
 Estoril parou pela primeira vez o campeão nacional esta época. Para isso teve de fazer um jogaço e de beneficiar do mais grave erro da equipa de arbitragem. Comecemos por aqui.

O intervalo deve ter sido um alívio para o árbitro, Rui Silva. Não exatamente o intervalo, que depois do último apito dos 45 minutos teve de conviver com a pressão de Paulinho Santos (sim, esse) e Nélson Puga, o médico do FC Porto. Helton também andou por lá, mais o diretor geral da SAD portista, Antero Henrique. Mais à frente, gente do Estoril. Acabava a primeira parte mas já se jogava a segunda.

Lamentavelmente, Rui Silva estava a ser o pior em campo, o que o tornava pressionável. Numa primeira parte equilibrada, o resultado estava a decidir-se em acidentes

Aos 12 minutos Luís Leal discute um lance com Otamendi. Cai e pede falta. Ia para a área, seria livre perigoso e vermelho para o defesa argentino. No estádio pareceu choque entre quem genuinamente disputa a bola. Deve ter sido isso que o árbitro viu. A televisão mostra mais. O acidente seguinte poupa o árbitro. Lance de Varela, passe para Babanco. Sim, não é erro. A bola saiu do extremo portista para o lateral esquerdo do Estoril que no centro da área tinha de escolher: mando para longe ou domino e depois mando para longe? Escolheu a segunda opção. O domínio saiu tosco. Licá, ocasionalmente a ir da direita para o meio, aproveitou. E, coisa bonita, não festejou. Estavam 25 minutos bem passados.

O outro acidente foi o maior. Aos 33 minutos, Otamendi toca a bola com a mão. Sim, mas fora da área e com Sebá fora-de-jogo. Rui Silva e o auxiliar decidem grande penalidade. Evandro (que início de época!) não deixa para depois. Empate.

A seguir, antes de os elementos do FC Porto se dirigirem ao árbitro, Rui Silva mostra duas vezes o amarelo a homens do Estoril. Pelo meio, o campeão pensou mais vezes em marcar, foi agradável à vista mas sem grande capacidade criativa, com Defour pouco à vista. E quase sem oportunidades. A coisa só desequilibrava quando a bola chegava perto de Babanco, que clamava por ajuda a cada instante. O Estoril mandou uma ao poste (Bruno Miguel). O resultado ao intervalo, mais acidente menos acidente, estava bem.

A segunda parte foi mais aberta. O FC Porto entrou mais forte. Subiu Defour, tentou soltar Danilo. Mas o Estoril aguentou os golpes, muito por causa da excelência de Evandro no meio campo e de Luís Leal na frente. Muito sólidos, ameaçavam inclusive chegar à vantagem. No banco, Paulo Fonseca assustou-se.

Quintero já aquecia. Dirigiu-se para a linha de meio campo, 66 minutos. Está pronto para entrar, mas a bola não para. Recebe indicações, põe água no cabelo. Enquanto isso a bola rola. Lucho ainda joga. Mas a bola ainda mexe. Alex Sandro descobre-o. O capitão toca de primeira, como só ele. Quintero era uma boa ideia, o jogo está partido, há espaço, a velocidade do colombiano pode decidir. Mas por enquanto é Lucho quem joga. Um toque, Jackson isolado, golo. A subsituição pode esperar, apesar de nas bancadas os adeptos gritarem«Quintero! Quintero!»

Marco Silva acaba por mexer primeiro. O Estoril estava muito bem antes do 1-2. Sofreu a seguir e esteve à beira de encaixar o terceiro. Quintero acaba mesmo por sair, mas já não por Lucho, esse continua. Varela, o melhor da frente, vai embora. Minuto 75. Teria o Estoril ainda mais uma vida?

Tinha! Grande cruzamento de Balboa, Sebá ganha de cabeça e Luís Leal (merecido!) faz o empate (um golo duvidoso, parece fora-de-jogo, mais um acidente em que participa a equipa de arbitragem). Dois minutos depois isola-se e remata para Helton defender. A cinco minutos do fim bate Mangala mas o remate sai ao lado! Apenas três dias depois de um jogo europeu, o Estoril mostrava incrível alma.

É verdade que Marco Silva marcou pelo menos um golo ilegal. Mas o empate é justíssimo. Não derrotou o FC Porto, como sonhava, mas parou-o. E muito bem.



Adelino Caldeira acusado de agressão

Nuno Lobo, presidente da AF Lisboa, acusa o administrador da SAD de o ter agredido com um soco


Dragões vão processar presidente da AF Lisboa
ACUSAM NUNO LOBO DE "MANOBRA DE DIVERSÃO"

O FC Porto vai avançar com um processo por difamação contra o presidente da Associação de Futebol de Lisboa, Nuno Lobo, apurou Record. Os dragões consideram que o líder do organismo está a tentar criar uma "manobra de diversão" e confiam que as pessoas presentes na tribuna presidencial do Estádio António Coimbra da Mota domingo à noite, no Estoril-FC Porto, confirmarão que as acusações feitas por Nuno Lobo sobre Adelino Caldeira e Pinto da Costa são infundadas.

Nuno Lobo acusou o administrador da SAD do FC Porto, Adelino Caldeira, de o ter agredido durante a partida, assim como Pinto da Costa, presidente do FC Porto, de o ter insultado.

O presidente da AFL também já anunciou que irá avançar com uma queixa-crime por agressão e injúrias verbais contra os dois dirigentes portistas.

Seis meses de vassoura na mão
BRUNO DE CARVALHO GANHOU ELEIÇÕES A 23 DE MARÇO


A herança de Bruno de Carvalho era pesada, muito pesada. Quando assumiu as rédeas do Sporting, o clube leonino estava dependente da banca, afundado num passivo imponente, debaixo de uma crise profunda de resultados. Seis meses depois de ter sido eleito, mantém-se firme nas decisões difíceis que já sabia que tinha de tomar e pronto para todas as "guerras", nomeadamente com o FC Porto. Ainda há uma semana, admitiu que espera "um ambiente hostil" no Dragão.



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