Sabe aquela foto constrangedora que tirou na última festa a que foi? Além do seu smartphone, ela também está no seu HD, pois realizou a transferência para guardar tudo o que aconteceu no evento. “Ela é constrangedora demais para continuar nesse mundo”, pensa, segundos antes de efetuar a exclusão do arquivo. Mas isso ainda não é tudo.
Quando você envia um arquivo para a lixeira, somente transferiu o arquivo para um novo local — é como se o Windows estivesse dando a oportunidade de resgatar seus dados em um futuro próximo. Mas aquele arquivo já mencionado precisa ser eliminado de uma vez por todas. Esvazia a lixeira do computador e pensa que está tudo bem. Mas isso ainda não é tudo.
A ilusão de um arquivo deletado
O seu disco rígido é composto por estruturas magnéticas que podem ser ativadas ou desativadas. São minúsculas moléculas, que vão representar a parte lógica do funcionamento dos discos. Enquanto fisicamente nós temos as informações ativas ou inativas, logicamente chegaremos às informações “0” e “1”. Um arquivo vai ocupar, por padrão, o espaço “1” nos HDs.
(Fonte da imagem: iStock)
Quando são deletados, esses setores do disco deveriam passar a ser representados pelo “0”, certo? Errado! O que acontece é um pouco diferente. Apesar de não enxergar mais as informações naquele local, o sistema apenas reconhecerá aquele espaço como espaço livre. Com isso, usuários podem armazenar novos dados naquele local, sendo que as informações serão sobrescritas.
O HD funciona como um grande muro de informações. Todos os arquivos são colados nesse muro, como se fossem cartazes. Ao apagar um arquivo do seu computador, você não está literalmente arrancando esses cartazes, mas dizendo que é permitido colar outros em cima deles.
Softwares de recuperação de arquivos apagados
Já deve saber que existem aplicativos — como o Recuva — criados especialmente para a recuperação de arquivos que foram deletados por acidente nos computadores. Mas como é que esses softwares trabalham? Lendo além do que o sistema operacional permite aos usuários. Ou seja: eles conseguem observar o que há depois da superfície daquele muro citado anteriormente.
O software enxerga o que também pode ver (os arquivos que estão no computador), mas além disso consegue acessar os dados que estão em camadas sobrescritas. Para isso, precisa analisar todos os dados dos computadores com bastante cautela. Voltando à analogia do muro, o software estaria vendo os cartazes que estão atrás dos principais.
Mas para que isso seja possível, os arquivos não podem estar sobrescritos muitas vezes. Quando isso acontece, fica mais difícil realizar a recuperação dos dados, que já estão em camadas de difícil acesso nos discos rígidos — e seriam lidos de um modo muito fragmentado, como um cartaz que foi deteriorado pelo tempo.
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