quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reservas da Apple poderiam pagar oito vezes a dívida de Detroit

                                       
                                   

O dinheiro acumulada pela tecnológica que apresentou resultados esta madrugada corresponde a mais de oito vezes o valor total da dívida do falido Estado de Detroit.
A Apple anunciou que detém 146,6 mil milhões de dólares (111 mil milhões de euros) em reservas que detém nos Estados Unidos e no estrangeiro, durante a conferência de comentário aos resultados que divulgou durante a madrugada.

Um valor que corresponde a cerca de oito vezes a dívida de Detroit, que entrou num programa de protecção contra credores na passada quinta-feira, 18 de Julho, conforme nota a publicação on-line “Quartz” (www.qz.com). A dívida de Detroit ascende a 18,5 mil milhões de dólares e foi o maior pedido de protecção jamais feito por uma cidade dos Estados Unidos da América (EUA).

A cotada liderada por Tim Cook alcançou um novo recorde para o valor das reservas de uma empresa no terceiro trimestre fiscal, que culminou a 29 de Junho. A publicação norte-americana refere que o contraste entre o património da Apple e a dívida da cidade que aloja a maior parte da indústria automóvel norte-americana reflecte a transição da economia dos EUA do modelo de produção industrial para outro que denomina “economia do conhecimento”.

A Apple vive um período de sucesso financeiro desde que Steve Jobs relançou a empresa, com o lançamento do iPod, iTunes, iPhone e iPad, a partir da primeira década de 2000. Já Detroit tem vindo a perder postos de trabalho devido ao declínio da indústria automóvel e à sua automatização.

A empresa que esteve próxima da ruptura financeira não tem encontrado destino para os fundos que detém em reservas. Em parte isso justifica-se porque a maior parte do seu dinheiro (cerca de 106,6 mil milhões de dólares) seriam sujeitos a uma taxa de repatriação caso a cotada os transeferisse para a casa-mãe, nos EUA, lembra “Quartz” que cita os dados da conferência telefónica com analistas.

A tecnológica tem adiado o recurso a este capital mas decidiu distribuir um dividendo de 50 mil milhões de dólares aos accionistas, a pagar no dia 15 de Agosto. A maior parte do dividendo será financiado através de crédito, com a empresa a realizar uma emissão obrigacionista no valor de 30 mil milhões de dólares.

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