Apple é condenada por acordos sobre preços de e-books nos EUA
Companhia elevou preço de livros digitais antes de lançamento do iPad.
Novo julgamento será marcado para definir multa.
A Apple foi considerada culpada de conspiração com as editoras para elevar o preço de livros eletrônicos quando lançou o iPad em 2010, de acordo com uma decisão divulgada nesta quarta-feira (10) por uma juíza de Nova York, nos Estados Unidos.
"Os requerentes da ação mostraram que a Apple havia conspirado para elevar o preço a retalho dos livros eletrônicos com várias grandes distribuidoras americanas", afirmou a juíza Denise Cote na decisão. Haverá um novo julgamento para fixar o valor da multa que a empresa terá que pagar.
O julgamento começou no dia 3 de junho com a Apple sendo acusada de ter conspirado com cinco grandes editoras nos Estados Unidos para elevar os preços dos e-books em detrimento dos consumidores.
O grupo é o único a responder por seus atos perante os tribunais, já que as cinco editoras envolvidas preferiram um acordo amigável com as autoridades.
A francesa Hachette, as americanas HarperCollins (grupo News Corp) e Simon&Schuster (CBS), a britânica Penguin (Pearson) e uma subsidiária da alemã Bertelsmann, Macmillan, concordaram em mudar suas práticas e pagar um total de aproximadamente 170 milhões de dólares em multas e restituição aos consumidores lesados.
A Apple é acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de desempenhar um papel central de coordenação em um acordo com as editoras para aumentar o preço dos livros eletrônicos ao preparar o lançamento em 2010 do seu tablet iPad.
O mercado era então dominado pela Amazon e por seu Kindle, lançado em 2007. Mas a loja online tinha imposto um preço de US$ 9,99, considerado muito baixo pelas editoras.
Segundo a acusação, a Apple obrigou seus consumidores americanos a "pagar dezenas de milhões de dólares a mais" por seus livros eletrônicos, fazendo os preços aumentaram para entre US$ 13 e US$ 15.
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