Conheça alguns dos equipamentos usados no mundo real que podem ter sido inspirados pelos jogos.
Mas não é apenas nos campos de batalha que os cientistas se inspiram para criar novos equipamentos que facilitem as nossas vidas. , Os pesquisadores podem e parecem extrair ideais da ficção, seja lendo um livro ou assistindo a um filme.
Outra fonte de inspiração dos cientistas são os video games, afinal, eles também são humanos e devem gastar várias horas do seu tempo livre jogando. Desta vez, você vai descobrir algumas das tecnologias que estão extrapolando o mundo dos jogos para se tornarem realidade.
Cura instantânea
(Fonte da imagem: Reprodução/L4Dmaps)
Se já jogou algum título de ação, especialmente jogos de tiro em primeira pessoa (FPS para os mais inteirados no assunto), sabe que ter um kit de primeiros socorros (popularmente conhecidos como “medpac” ou “medkit”) na mala ou no bolso é fundamental para chegar até o final do game.
Sim, no mundo real já existem kits de primeiros socorros, mas apenas para pequenos ferimentos e que não são capazes de reestabelecer a sua vitalidade em questão de segundos. Bom, não fazem isso por enquanto.
O primeiro passo nesse sentido foi dado por Joe Landolina, estudante da Universidade de Nova York, que desenvolveu uma substância chamada Veti-Gel visando estancar sangramentos relativamente graves em questão de segundos. Confira no vídeo abaixo, caso você não tenha problemas em ver sangue, esse gel em ação.
Aí vai a bomba...
Quem já se aventurou em Gears of War deve se lembrar de um tipo de granada que explode a partir de uma diretriz previamente definida, como a aproximação de um inimigo. Esse tipo de arma oferecia como grande vantagem a possibilidade de você ferir oponentes escondidos.
(Fonte da imagem: Reprodução/Listverse)
Durante um conflito real, os soldados devem se deparar com situações bastante parecidas, principalmente com atiradores que permanecem escondidos atrás de estruturas como muros ou galpões. Não podemos afirmar, mas parece que alguns cientistas se basearam nesse jogo para criar o XM-25.
Esse armamento nada mais é que um lançador de granadas que podem ser programadas para serem explodidas em determinado ponto da sua trajetória. Assim, o combatente poderia disparar um projétil por cima daquilo que protege seu inimigo, mas deixando que a carga explosiva caia sobre a cabeça do alvo.
Vida extra
Nos games, há sempre uma chance a mais — uma “vida” escondida em algum canto do cenário ou quando você morre volta para o último checkpoint. Acho que não precisamos comentar que no mundo offline, até onde as áreas do conhecimento nos permitem concluir no presente momento, isso seria impossível de acontecer.
Ok, você não poderia ser ressuscitado quantas vezes quisesse, mas poderia ter um avatar. Assim, caso sofresse um acidente, somente essa extensão do seu corpo ficaria danificada. Você, propriamente dito, continuaria íntegro — ideia que inclusive já foi abordada nos filmes, como em “Avatar” ou “Os substitutos”.
Os avanços tecnológicos da robótica mostram que isso é viável e caminha para virar realidade. Contudo, há quem deseje ir mais longe, como o bilionário russo Dmitry Itskov. O rapaz criou um projeto batizado de 2045 Initiative, que pretende aplicar a transferência de informações cognitivas aos avatares.
Basicamente, a iniciativa quer permitir o transplante das suas lembranças para um novo “cérebro”. Ou seja, você teria um corpo jovem e saudável (e provavelmente robótico) com todas as experiências que adquiriu ao longo da sua vida “anterior” — até o ponto em que seremos meros hologramas com uma consciência humana de centenas de anos ou mais. Assim, em teoria, você poderia viver eternamente!
Quantas balas ainda tem?
Empunhar uma arma no mundo virtual é por muitos motivos mais simples do que na vida real. Um deles é o fato de você sempre ter em um dos cantos da tela um indicador de quantas balas você ainda possui no pente (ou no tambor, para aqueles que preferem armamentos clássicos).
Em situações de combates do lado de fora dos computadores e consoles, é bem possível que você só se dê conta de que a munição acabou depois de apertar o gatilho e não sair nenhuma bala da arma. Porém, esse inconveniente pode estar com os dias contados — e você não vai precisar aprender uma técnica para contar quantos tiros já disparou.
Michael Ciuffo fabricou um pequeno dispositivo que pode ser acoplado à arma e fica responsável por automatizar essa árdua tarefa. Na gravação em que o inventor demonstra a sua criação, você pode perceber que ela ainda é bem simples e com muitas funções manuais. Quem sabe, com algum investimento e inovações, o aparelho consiga identificar o tipo de armamento utilizado e a realização de uma troca de pente.
Tiros precisos
Ainda no tocante às armas e tiros nos jogos, outra facilidade encontrada nos ambientes constituídos de pixels é o auxílio de mira — há inclusive títulos que oferecem recursos de mira automática. Aí, você para e pensa: isso nunca conseguirá ser reproduzido fora dos video games?
Uma coisa que temos aprendido com o passar dos anos é que quase nada é impossível para a tecnologia. A empresa TrackingPoint, especializada na fabricação de equipamentos bélicos, criou um sistema baseado em Linux capaz de atirar com uma precisão cirúrgica.
O rifle XS1 possui um botão de “rastreamento”. Quando esse recurso é acionado, a arma cria um ponto de marcação no alvo. Feito isso, o alvo pode se mover o quanto quiser, pois, na próxima vez em que a indicação registrada pelo sistema e a mira da arma se encontrarem... Pow!
Outra peculiaridade deste armamento é que ele pode se conectar a dispositivos via WiFi, o que permite a realização de comandos remotamente de um smartphone ou tablet, por exemplo. Para ter um XS1 é preciso desembolsar US$ 17 mil .
Aprimorando suas habilidades
Em muitos jogos, principalmente os futuristas, o seu personagem é capaz de incrementar suas habilidades de diferentes maneiras, incluindo o uso de equipamentos mecânicos, mutações, ervas ancestrais e outras substâncias químicas.
Por exemplo, na franquia Bioshock, você pode melhorar o desempenho dos protagonistas por meio dos Plasmids, que são soros especiais criados a partir de células-tronco do próprio “usuário” — modificando-o geneticamente e dando a ele determinadas capacidades inexistentes anteriormente.
Com as pessoas de carne e osso, os experimentos que vêm sendo realizados não possuem tanta complexidade. Mas pesquisadores estão usando medicamentos e até entorpecentes para potencializar algumas características dos seres humanos. Uma delas é o fármaco modafinil, um remédio usado para o tratamento da narcolepsia e apneia do sono.
Contudo, descobriu-se que ele também é capaz de deixar você acordado por cerca de 40 horas sem qualquer redução da sua capacidade mental e de concentração — algo que em uma situação comum seria anormal depois de tanto tempo sem deixar o cérebro descansar. A força aérea dos EUA está estudando a possibilidade de, em casos específicos, fornecer esse medicamento para seus pilotos — os quais muitas vezes trabalham em operações bastante longas e que exigem o máximo de atenção.
Informações o tempo todo e em tempo real
Uma grande diferença entre ser soldado em jogo e na realidade é a facilidade com que você tem acesso a informações, como a posição dos seus companheiros, um mapa de onde está ocorrendo o confronto e um inventário com os itens que esteja carregando.
(Fonte da imagem: Divulgação/DICE)
Com o desenvolvimento do Google Glass, os óculos da gigante das buscas que possui conexão com a internet e compatibilidade com a realidade aumentada, vários cientistas já estão buscando adaptar tais funcionalidades para outros dispositivos. Entre eles, alguns engenheiros do Ulsan National Institute of Science and Technology, na Coreia do Sul, inventaram lentes de contato que promovem as mesmas funções do produto da Google.
Embora pareça lógico ser usado no meio militar, nada impede que em pouco tempo possamos usar um aparato desses para nos informar a melhor rota para o trabalho, a previsão climática do dia ou como anda a nossa saúde sem precisar carregar um gadget pesado ou colocar uns óculos que aparentam estar quebrados.
Veículo antimíssil
Títulos de guerra não faltam, mas uma característica é muito compartilhada em boa parte deles: alguns veículos parecem indestrutíveis. Calma, os cientistas ainda não descobriram um novo tipo de metal que seja impenetrável. Mas a tecnologia tem ajudado os meios de transportes dos soldados a ficarem mais seguros.
A DARPA, um dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimentos de novas tecnologias para o exército dos EUA, criou um sistema de proteção batizado de Iron Curtain, que intercepta mísseis antes que eles atinjam o carro.
O mecanismo consiste em sensores que captam a proximidade do projétil e ativam uma arma que dispara contra ele. Assim, o explosivo é acionado antes de alcançar o veículo — promovendo uma redução dos danos causados a ele, caso o foguete o tivesse acertado.
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